Friday, December 15, 2006
Frio
Eu já desconfiava, mas agora tive mesmo a certeza de que me é fisicamente impossível viver num país que faça muito frio. Comparado com o tempo de Dundee, Bristol pareceu-me ameno em Dezembro. O pior da vida lá por cima nem é a temperatura em si, é o vento. É certo que eu não sou a pessoa mais viajada do mundo, mas o vento da Escócia foi o mais gelado que já experimentei. Lá, sabe ainda melhor estar num sítio quentinho quando está frio na rua e beber chá quente e comer um muffin de maçã e canela. Os dias de sol, mesmo os gelados, são fantásticos e o verde dos campos fica melhor num céu azul brilhante.
Comida à borla!!!
Ontem, grande parte dos serviços de catering estavam com tudo à borla. Cafés, chás, bolinhos, sanduiches e mesmo comida a sério, de faca e garfo, no bar do pessoal. Por mais ridículo que pareça, foi a loucura! Não posso deixar de me lembrar dos cartoons de Jorge Cham.
Tuesday, December 05, 2006
Despedidas
Eu sou, como saberá a maioria, um ovo podre. É oficial e não posso escapar.
As nossas despedidas são as piores. Por mais que saiba que vou regressar daqui a um mês ou dois, que não serão mais do que 6 fins de semana até estar de novo contigo, não consigo deixar de ficar no aeroporto a chorar. E nessas alturas, apetece-me mandar tudo às urtigas e fugir contigo para algum lado, onde possamos ficar sempre e sempre juntos. Por muito bom que tenhas sido o nosso fim de semana, estas despedidas deixam sempre um travo amargo para o regresso. Ainda bem que já nos faltam poucas despedidas!
Hoje, despedi-me de outra pessoa importante, que não vai para muito longe, mas cuja partida me deixa sozinha e com menos rumo. Tento compensar a falta que vou sentir dela, com a alegria e o orgulho que tenho no futuro que a espera. Não tenho dúvidas que está um caminho de sucesso, inteiramente merecido, à sua frente. E por isso aqui fica, embora saiba que não vais precisar: BOA SORTE, RD! I truely wish you all the best.
As nossas despedidas são as piores. Por mais que saiba que vou regressar daqui a um mês ou dois, que não serão mais do que 6 fins de semana até estar de novo contigo, não consigo deixar de ficar no aeroporto a chorar. E nessas alturas, apetece-me mandar tudo às urtigas e fugir contigo para algum lado, onde possamos ficar sempre e sempre juntos. Por muito bom que tenhas sido o nosso fim de semana, estas despedidas deixam sempre um travo amargo para o regresso. Ainda bem que já nos faltam poucas despedidas!
Hoje, despedi-me de outra pessoa importante, que não vai para muito longe, mas cuja partida me deixa sozinha e com menos rumo. Tento compensar a falta que vou sentir dela, com a alegria e o orgulho que tenho no futuro que a espera. Não tenho dúvidas que está um caminho de sucesso, inteiramente merecido, à sua frente. E por isso aqui fica, embora saiba que não vais precisar: BOA SORTE, RD! I truely wish you all the best.
Wednesday, November 29, 2006
Batatas
Hoje, ao receber em casa as compras que tinha encomendado online, dei conta que pedi 7.5 kg de batatas (3x Packs) em vez de 3 batatas soltas.
Acho que, nos próximos tempos, o menu cá de casa não vai ser muito variado...
Acho que, nos próximos tempos, o menu cá de casa não vai ser muito variado...
Tuesday, November 14, 2006
Livros
Eu sempre gostei de livros. De livrarias, de bibliotecas. (Sim, sou divertidíssima!)
Estes dois últimos anos, talvez tenham sido records pessoais de compra e leitura de livros. É certo que tenho uma lista interminável, e continuamente a crescer a olhos vistos, de outros que eu quero ler. Mas, enfim, acho que já me fui acostumando à ideia de que há mais livros do que tempo que eu posso eventualmente vir a ter.
Os últimos livros que eu li foram simplesmente geniais. Ou, pelo menos, muito bons, visto que o conceito de livro genial varia tanto como o tamanho da minha wish list de livros.
O último, Hunting Midnight, de Richard Zimler, lindo. É a história, contada na primeira pessoa de John, um rapaz meio-judeu, meio-escocês, que cresceu no Porto no final do século XVIII e a do seu amigo Midnight, um Bushman que veio viver com a família de John durante a sua infância. É uma história de desencontros, de perdas, de mentiras, mas também de amizade e gratidão. Eu gostei. Fez-me chorar em algumas partes (à semelhança de O Último Cabalista de Lisboa, nas suas cenas mais violentas), mas acho que o fechei com um sorriso.
Antes disso, li The Righteous Men, de Sam Bourne. É um estilo parecido com Dan Brown. Não reflecte profundamente sobre temas que atormentem a humanidade, mas lê-se bastante bem. A escrita é fluente e a história rápida, de tal modo, que não apetece largar, enquanto não se chega ao fim e se percebe tudinho.
O penúltimo livro foi Never Let Me Go, de Kazuo Ishiguro. Lindíssimo. Infelizmente, não posso dizer sobre o que fala este. Descobrir lentamente faz parte do encanto deste livro.
Agora leio La Sombra del Viento, de Carlos Ruiz Zafon, mas ainda estou muito no início.
Boas leituras!
Estes dois últimos anos, talvez tenham sido records pessoais de compra e leitura de livros. É certo que tenho uma lista interminável, e continuamente a crescer a olhos vistos, de outros que eu quero ler. Mas, enfim, acho que já me fui acostumando à ideia de que há mais livros do que tempo que eu posso eventualmente vir a ter.
Os últimos livros que eu li foram simplesmente geniais. Ou, pelo menos, muito bons, visto que o conceito de livro genial varia tanto como o tamanho da minha wish list de livros.
O último, Hunting Midnight, de Richard Zimler, lindo. É a história, contada na primeira pessoa de John, um rapaz meio-judeu, meio-escocês, que cresceu no Porto no final do século XVIII e a do seu amigo Midnight, um Bushman que veio viver com a família de John durante a sua infância. É uma história de desencontros, de perdas, de mentiras, mas também de amizade e gratidão. Eu gostei. Fez-me chorar em algumas partes (à semelhança de O Último Cabalista de Lisboa, nas suas cenas mais violentas), mas acho que o fechei com um sorriso.
Antes disso, li The Righteous Men, de Sam Bourne. É um estilo parecido com Dan Brown. Não reflecte profundamente sobre temas que atormentem a humanidade, mas lê-se bastante bem. A escrita é fluente e a história rápida, de tal modo, que não apetece largar, enquanto não se chega ao fim e se percebe tudinho.
O penúltimo livro foi Never Let Me Go, de Kazuo Ishiguro. Lindíssimo. Infelizmente, não posso dizer sobre o que fala este. Descobrir lentamente faz parte do encanto deste livro.
Agora leio La Sombra del Viento, de Carlos Ruiz Zafon, mas ainda estou muito no início.
Boas leituras!
Friday, November 03, 2006
Depressao mensal?
Reparo agora que o meu ultimo post foi a 4 de Outubro (sim, eu devo estar sem duvida no top ten dos piores bloggers do mundo) e tambem nao num tom muito positivo... Aquelas rumores de depressoes periodicas devem ter algo de verdade...
Vazio
Tenho sempre grandes planos de ir viajar. De correr mundo, de ir vir tudo. Esses planos sao muitas vezes limitados obviamente por factores financeiros, por trabalho a mais para fazer ou por pura e simples preguica.
Mas, as vezes, ate vou. Vou ver sitios novos e rever velhos amigos. No entanto, de todos os sitios que eu visito, por muito bonitos que sejam, por mais fantastico que seja o tempo que passe com novos ou velhos conhecidos, tudo me sabe a pouco. Nada me enche o vazio que me consome. O entao o meu vazio e tao grande e tao ganancioso que cresce a olhos visto e de cada vez exige algo mais para ficar satisfeito.
Vou coleccionando religiosamente imagens para partilhar contigo. Nao sao a mesma coisa do que partilhar o momento. Nao chega sequer aos calcanhares do que estar la contigo no mesmo sitio, ao mesmo tempo, mas enfim... Sao subterfugios de uma mente algo perturbada.
Mas, as vezes, ate vou. Vou ver sitios novos e rever velhos amigos. No entanto, de todos os sitios que eu visito, por muito bonitos que sejam, por mais fantastico que seja o tempo que passe com novos ou velhos conhecidos, tudo me sabe a pouco. Nada me enche o vazio que me consome. O entao o meu vazio e tao grande e tao ganancioso que cresce a olhos visto e de cada vez exige algo mais para ficar satisfeito.
Vou coleccionando religiosamente imagens para partilhar contigo. Nao sao a mesma coisa do que partilhar o momento. Nao chega sequer aos calcanhares do que estar la contigo no mesmo sitio, ao mesmo tempo, mas enfim... Sao subterfugios de uma mente algo perturbada.
Wednesday, October 04, 2006
Panic alert
E um bocado ridiculo viver em panico. O problema e que e uma espiral complexa da qual e dificil sair uma vez que se entra nela.
Pondera-se tudo vezes sem conta. Imaginam-se os piores cenarios possiveis. Carrega-se um peso enorme. Come-nos um medo grande que alastra como um buraco negro.
Nao sei muito bem quando e que o meu panico comecou, mas comeca a cansar-me demasiado.
Pondera-se tudo vezes sem conta. Imaginam-se os piores cenarios possiveis. Carrega-se um peso enorme. Come-nos um medo grande que alastra como um buraco negro.
Nao sei muito bem quando e que o meu panico comecou, mas comeca a cansar-me demasiado.
Monday, October 02, 2006
Lindo!
Esta animação foi-me recomendada por um amigo. A primeira vez que vi quase que fiquei a chorar de emoção (se bem que, nos dias que correm, não seja preciso muito... sou um ovo podre). Pareceu-me lindíssima, poética, mágica... A animação está fenomenal, na minha opinião.
Aqui fica: http://aimediaserver.com/studiodaily/videoplayer/?src=harvard/harvard.swf&width=640&height=520. Enjoy! Depois de ver isto, acho que toda a gente vai querer ser biólogo!... Ou, então, animador gráfico.
Aqui fica: http://aimediaserver.com/studiodaily/videoplayer/?src=harvard/harvard.swf&width=640&height=520. Enjoy! Depois de ver isto, acho que toda a gente vai querer ser biólogo!... Ou, então, animador gráfico.
Tuesday, September 26, 2006
Sunday, September 24, 2006
Gostos
Londres, Agosto 2005, Nikon D70.
Gosto de cidades grandes. Gosto do burburinho. Gosto de não precisar de carro. Gosto de diferença, de opções, de escolhas. Gosto de agitação 24/7. Gosto de rever velhos amigos. Gosto de estar com amigos de sempre. Gosto de oásis verdes num meio de uma cidade enorme. Gosto de dias de sol num país com chuva.
Gosto do silêncio da montanha. Gosto de não ter que falar. Gosto do cheiro da comida caseira, vagarosa, feita com amor. Gosto de estar em casa num dia de chuva. Gosto da calma, do ritmo lento e compassado, com que se vive numa pequena aldeia.
Creio que talvez goste demasiado de coisas demasiado diferentes.
Tuesday, September 12, 2006
O dia depois de ontem
Ontem já cheguei tarde demais para ver notícias. Provavelmente, cansada demais também.
No entanto, hoje, pela manhã, quando voltei ao contacto com o mundo, tive a oportunidade de ver na BBC partes do discurso do Presidente George Bush.
E se lamento profundamente tudo o que se passou na queda das torres, lamento igualmente que esse facto esteja ser usado para justificar uma guerra que não faz sentido. É preciso não ter vergonha na cara para tentar conseguir apoio para a ofensiva militar no Iraque num discurso solene num dia de luto como o de ontem. É um aproveitamento descarado.
Provavelmente, estas manobras publicitárias seriam desnecessárias caso as coisas estivessem a correr de feição a esta Administração.
Só espero que o mundo seja suficientemente atento para que os erros do Iraque não se repitam no Irão, na Síria e por esse mundo fora.
No entanto, hoje, pela manhã, quando voltei ao contacto com o mundo, tive a oportunidade de ver na BBC partes do discurso do Presidente George Bush.
E se lamento profundamente tudo o que se passou na queda das torres, lamento igualmente que esse facto esteja ser usado para justificar uma guerra que não faz sentido. É preciso não ter vergonha na cara para tentar conseguir apoio para a ofensiva militar no Iraque num discurso solene num dia de luto como o de ontem. É um aproveitamento descarado.
Provavelmente, estas manobras publicitárias seriam desnecessárias caso as coisas estivessem a correr de feição a esta Administração.
Só espero que o mundo seja suficientemente atento para que os erros do Iraque não se repitam no Irão, na Síria e por esse mundo fora.
Monday, September 11, 2006
Cinco anos depois
Hoje é dia 11 de Setembro.
Foi há cinco anos que aviões embateram contra as torres gémeas de Nova Iorque. Dizer que "o mundo mudou nesse dia" não deixa de ser verdade, mas também não deixa de ser um pleonasmo, na medida em que, todos os dias, algo leva a uma mudança irreversível no mundo. As imagens desse dia continuarão, no entanto, a ser mostradas durante muito tempo e a ter um impacto enorme (muito maior do que o impacto que levou aqueles dois gigantes a cair) durante ainda mais. Ainda ontem lia uma reportagem sobre duas sobreviventes, como a sua vida ficou profundamente afectada. Hoje vi uma foto de uma orfã do 9/11, de mão dada com o pai, no memorial pelas vítimas, entre as quais se encontrava a sua mãe. É difícil pensar em todas as pessoas que morreram naquele dia, nas famílias de todas essas pessoas. Não sei muito bem como se vive depois de se passar por algo tão grande.
Eu estava a um oceano de distância, não conhecia ninguém que estivesse em NY naquele dia e, mesmo assim, sinto-me ainda profundamente perturbada por aquelas imagens.
Já vi documentários sobre teorias da conspiração. Fazem-me pensar, mas não me ajudam.
Hoje é um dia de luto.
Foi há cinco anos que aviões embateram contra as torres gémeas de Nova Iorque. Dizer que "o mundo mudou nesse dia" não deixa de ser verdade, mas também não deixa de ser um pleonasmo, na medida em que, todos os dias, algo leva a uma mudança irreversível no mundo. As imagens desse dia continuarão, no entanto, a ser mostradas durante muito tempo e a ter um impacto enorme (muito maior do que o impacto que levou aqueles dois gigantes a cair) durante ainda mais. Ainda ontem lia uma reportagem sobre duas sobreviventes, como a sua vida ficou profundamente afectada. Hoje vi uma foto de uma orfã do 9/11, de mão dada com o pai, no memorial pelas vítimas, entre as quais se encontrava a sua mãe. É difícil pensar em todas as pessoas que morreram naquele dia, nas famílias de todas essas pessoas. Não sei muito bem como se vive depois de se passar por algo tão grande.
Eu estava a um oceano de distância, não conhecia ninguém que estivesse em NY naquele dia e, mesmo assim, sinto-me ainda profundamente perturbada por aquelas imagens.
Já vi documentários sobre teorias da conspiração. Fazem-me pensar, mas não me ajudam.
Hoje é um dia de luto.
Foto: Dima Gavrysh/AP
Sunday, September 10, 2006
Grrrrrr!
Bolas... Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaoo!! Duas vezes!! Duas vezes perdi a m**** do post que estava a tentar escrever para inaugurar isto... Grrrrrrrrrrrrrrrr! Fico por aqui hoje. Parece-me um sinal para estar caladita. Adios!
Subscribe to:
Posts (Atom)