Barcelona, Julho 2005, Nikon D70.Quando estou aqui, só conto os fins de semana. Não que sejam assim tão diferentes da minha semana, mas, normalmente custam mais a passar. Durante a semana é fácil: por muito que não apeteça, é preciso levantar da cama e ir trabalhar. Durante o fim de semana, há o factor escolha, que entra aqui em jogo também. Em teoria, não tenho que ir trabalhar. Em teoria também, por mais contraditório que pareça, tenho tantas coisas para fazer que devia ir trabalhar sem parar. Na prática, acabo por ficar sempre no meio: vou trabalhar umas horas, vou almoçar ao tasco do costume ao sábado e depois ver as novidades nas livrarias. No fim do fim de semana, quase invariavelmente, aquele amargo de boca após o tempo não definido, nem sim, nem sopas, cinzento, nem trabalho, nem diversão... Apenas tempo que passou.
Os fins de semana sem ti são difíceis de passar. São pouco luminosos, enfadonhos, aborrecidos.
Preocupa-me o facto de só terem passado três fins de semana e de faltarem ainda nove até termos dois que podemos passar juntos.
Posto isto, acho que já não posso adiar mais e tenho que enfrentar o facto de ter de ir trabalhar.
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