A Casa
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
Vinicius de Moraes
O tema deste post é repetido, mas visto que estou/estamos a atravessar uma fase de obcessão por casas, não posso evitar.
Há casas que parecem giras. Há casas que parecem giras e que estão dentro do orçamento. Depois, quando se visitam, nem sempre são tão giras quanto parecem, mas continuam dentro do orçamento. Eu sei que já disse isto, mas quando se atravessa uma fase de obcessão, os pensamentos ficam em loop e, consequentemente, os posts também.
Continuo intrigada (e cada vez mais!) pelos preços de algumas casas. Quanto será que é preciso trabalhar/ganhar para conseguir pagar uma prestação de uma casa que custe €500000 e comer todos os dias? Esta minha crença infantil de que as pessoas devem escolher profissões que gostem saiu-me bem cara... Porque é q não aprendi a jogar futebol? Ou não sou loura, de olhos azuis, com 1,80m, e 86-60-86 de medidas? (Bem, com a onda de "SizeZeroMania" que anda para aí, isso já deveria ser demais nos dias que correm e não dava para ganhar os tais rios de dinheiro...)
Bem, vou ler mais um bocado do Labyrinth e dormir. Amanhã, esperam-me sementes, risk assessments, PCRs, géis e... claro, mais casas.
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