Creio que já disse uma vez neste estaminé que, aqui, me parece, por vezes, que tenho a vida on hold (em pausa?). Que vou trabalhando e tal, mas que nada muito significativo acontece além disso (e aliás, em abono da verdade, mesmo dentro disso, os acontecimentos significativos são algo limitados). Não sei bem donde é que isto vem, mas, por mais lame (lamechas?) que pareça, deve ser porque não gosto mesmo de viver assim longe de ti.
De qualquer modo, nas duas últimas noites (ou, melhor, tardes) fui sair com malta lá do trabalho para beber um copo. Literalmente um, porque eu sou um bocado fraquinha e não me aguento à bronca. Daí a razão pela qual não há posts novos desde quinta-feira.
Na sexta, um típico real ale pub (bar de cervejas a sério?), onde se podem encontrar cervejas raras e diferentes que não se encontram na maior parte dos outros sítios. Eu não fã de cerveja - o que, como me foi dito, me impede de ter contactos sociais neste país, mas a cidra era jeitosa. Não consegui foi beber o meu copo inteiro, porque, como sou fraquinha, não consigo beber sem comer durante cinco horas!!!!
Foi engraçado, mas definitivamente não vou nunca conseguir ter sucesso num ambiente de pub, porque não gosto, nem consigo, nem quero beber demasiado. Fui para casa com a sensação de que a minha vida social por estes lados está condenada ao insucesso.
No sábado, fui a um barbecue (churrasco?), em casa de uma colega, num ajuntamento bastante internacional: havia malta de Alemanha (a maioria), UK, Portugal, Noruega, República Checa, Malásia e Trinidad&Tobago. Visto que não havia peer pressure (pressão de pares?) para beber aqui, devo dizer que me restabeleceu alguma segurança nas minhas social skills (capacidades sociais?). Gostei da diversidade de pessoas: estive a falar com uma série de pessoas diferentes e descobri amantes de fado, que provavelmente não percebem uma palavra de português, engenheiros de robótica e inteligência artificial (aka, geeks - cromos?-, como eles próprios disseram), músicos e ouvintes entusiastas de música, malta que vai fazer Madrid-Lisboa de bicla ou que faz Alemanha-Bristol de carro, com cinco pessoas lá dentro para vir fazer uma surpresa a uma amiga.
Fiquei estupefacta com aquilo que os robots podem fazer hoje em dia e percebi que, algures dentro de mim, há geekness (cromice?) que eu não consigo esconder.Descobri ainda que sei dar um aperto de mão como deve de ser (à homem??) e provei uma aguardente de ameixas da República Checa, que, quando bebida, não deve ser muito diferente de etanol (nunca experimentei etanol e, por isso, não posso atestar a veracidade desta suposição.)
Antes disto, tinha ido às lojas da Gloucester Road e comprado pão a sério, com aspecto delicioso, carne num talho a sério e ainda fruta e vegetais num greengrocer's (merceeiro de coisas verdes?) a sério. Não resisti na Waterstone's e comprei também uns livrinhos...
Foi um dia mesmo bom.
Hoje, vou trabalhar. :)
Cartoons retirados daqui e daqui.
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