Durante este tempo, a minha capacidade de concentração andou pelas ruas da amargura. Para descansar de ler e de escrever, ler mais talvez não seja a coisa mais relaxante. Mas não ter um livro na mesinha de cabeceira, mesmo que seja só para ler uma página por noite, é-me difícil. Decidi então que o precisava era de ler algo que não requeresse grande capacidade de concentração, mas ainda assim que me distraísse. Foi assim que peguei no primeiro livro da série Mathew Shardlake, de C.J.Sansom (Dissolution). E desse passei para o segundo (Dark Fire) e o terceiro (Sovereign).
Estes livros são romances históricos a atravessar para o policial em que o herói, Mathew Shardlake, desvenda crimes, escapa aos vilões e, quando pode, dá uma ajuda a quem precisa. Ideal para não pensar muito, portanto. A acção passa-se em Inglaterra, no reinado de Henrique VIII e por detrás das intrigas que rodeiam Shardlake, é-nos relatada a complexa sucessão de mulheres do monarca e outros episódios da vida de Inglaterra na altura. Fiquei a perceber que tenho grandes lacunas na história de outros países europeus.
Apesar de não convidarem à reflexão sobre o sentido da vida ou outros temas, igualmente profundos, tenho a dizer que se lêem bastante bem, mas sobretudo que melhoram consecutivamente. Se achei o primeiro demasiado parecido com O Nome da Rosa, em versão pop, os outros são mais complexos e mostram-nos um Mathew mais cinzento do que a preto e branco.
Sendo assim, acho que vou trazer o quarto (Revelation) na bagagem quando voltar a pôr os pés no UK.
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