O título é expressivo e, no mínimo, apropriado. Depois da curta-metragem The Mall, Jonathan Efrat apresenta a longa-metragem sobre o mesmo centro comercial em Tel Aviv, que nunca acabou de ser construído. Serve de abrigo a trabalhadores palestinianos, que ficam acantonados, como podem, lá dentro. Não há luz, água, nem esgotos; o espaço é limitado. Mas é melhor do que atravessar os checkpoints, do que dormir ao relento ou do que ficar do outro lado, onde não há trabalho.
Sunday, November 30, 2008
Saturday, November 29, 2008
Tiramisu della nonna
A minha avó acreditava firmemente na livre circulação de receitas. Dava as suas a quem quer que lhas pedisse. Sempre achou que guardar receitas era um dos melhores caminhos para que elas se perdessem. E quem, no seu perfeito juízo, pode querer que uma boa receita se perca?
Eu, que conto entre os meus bens mais preciosos, um dos seus livros de receitas, tento seguir-lhe o exemplo de partilha. Esta é a última receita do livro, que tem ainda páginas em branco à espera de serem preenchidas. Fiz uns ligeiros ajustes ao original, mas tem dado bons resultados consistentemente. É uma das minhas preferidas.
Ingredientes
75 g de açúcar (originalmente, 125 g)
3 ovos
250 g mascarpone
200 ml de natas (originalmente, 100 g)
Um splash de vinho do porto (originalmente, whisky)
Palitos la reine q.b.
Café q.b.
Preparação
1. Preparar café forte e deixar arrefecer.
2. Separar as claras das gemas e bater as claras em castelo.
3. Bater também as natas e o queijo.
4. Bater as gemas e o açúcar.
5. Juntar, sem bater, as natas, o queijo, as claras e o vinho do porto.
6. Num recipiente apropriado, dispor os palitos la reine embebidos em café numa camada.
7. Cobrir a primeira camada de palitos com o creme.
8. Dispor uma nova camada de palitos la reine embebidos em café sobre o creme.
9. Cobrir esta segunda camada com creme.
10. Refrigerar umas horas.
11. Polvilhar o topo com cacau em pó antes de servir.
Enjoy!
Eu, que conto entre os meus bens mais preciosos, um dos seus livros de receitas, tento seguir-lhe o exemplo de partilha. Esta é a última receita do livro, que tem ainda páginas em branco à espera de serem preenchidas. Fiz uns ligeiros ajustes ao original, mas tem dado bons resultados consistentemente. É uma das minhas preferidas.
Ingredientes
75 g de açúcar (originalmente, 125 g)
3 ovos
250 g mascarpone
200 ml de natas (originalmente, 100 g)
Um splash de vinho do porto (originalmente, whisky)
Palitos la reine q.b.
Café q.b.
Preparação
1. Preparar café forte e deixar arrefecer.
2. Separar as claras das gemas e bater as claras em castelo.
3. Bater também as natas e o queijo.
4. Bater as gemas e o açúcar.
5. Juntar, sem bater, as natas, o queijo, as claras e o vinho do porto.
6. Num recipiente apropriado, dispor os palitos la reine embebidos em café numa camada.
7. Cobrir a primeira camada de palitos com o creme.
8. Dispor uma nova camada de palitos la reine embebidos em café sobre o creme.
9. Cobrir esta segunda camada com creme.
10. Refrigerar umas horas.
11. Polvilhar o topo com cacau em pó antes de servir.
Enjoy!
Friday, November 28, 2008
TEDGlobal is coming to Europe
Se alguém tiver aí $4500 para os quais não tenha destino, apressem-se a marcar férias para os dias 21 a 24 de Julho e candidatar-se para um lugar no TED Global 2009. Este ano é em Oxford, UK, o que fica significativamente mais acessível para a malta da Europa. É certo que não é barato, mas aposto que vale a pena. Mesmo, mesmo.
Será que precisam de voluntários?
Será que precisam de voluntários?
Tuesday, November 25, 2008
Thursday, November 20, 2008
Magalhães
Muito se tem escrito e falado sobre o Magalhães, o computador de baixo custo para as crianças do ensino básico, o primeiro computador ibero-americano, que é usado pelos acessores do nosso Primeiro-Ministro e o qual pode servir para apresentar um Orçamento de Estado.
Esta é apenas mais uma notícia, particularmente hilariante, sobre o Magalhães, mas que está na linha da campanha publicitária governamental, que tem sido amplamente criticada.
A primeira vez que ouvi falar de computadores de baixo custo para crianças foi numa TED talk de Nicholas Negroponte sobre o projecto One Laptop per Child, que visa distribuir computadores de baixo custo por crianças de países em desenvolvimento. No entanto, desde há 20 anos que a mensagem de Negroponte sobre este assunto era a mesma. Ter uma mensagem consistente durante tanto tempo é algo bastante mais raro do que se possa pensar. Esta consistência merece-me respeito.
Na TED talk de Negroponte de 2008, ele fala do estado actual do projecto e mostra os primeiros XO laptops que ficaram prontos e foram entregues. Apesar das expectativas iniciais, a distribuição de XO laptops, que Negroponte tentou fazer, em colaboração com os governos de vários países em desenvolviemnto, não conseguiu atingir a dimensão desejada. Isto deve-se em grande parte devido à produção do Classmate (Magalhães) pela Intel e Microsoft. Há muitas comparações entre os dois computadores na net (por exemplo, aqui, aqui, aqui), mais ou menos parciais, que valorizam mais ou menos aspecto específicos das duas máquinas, que são, em muitas coisas, equivalentes. Noutras, sobretudo no software, nem tanto. E apesar da ideia original ser o XO, este não é o antecessor do Magalhães. Quanto muito, um competidor; dentro do possível, visto que o projecto OLPC não tem fins lucrativos.
Muitos dirão que, nos países em desenvolvimento, as crianças têm necessidades muito mais prementes do que computadores ou mesmo educação. É certo que um computador não é comida, bebida, medicamentos ou roupa. Mas também é certo que nenhuma destas coisas substitui educação. Além disso, há muito mais agências que fornecem este tipo de ajudas. Talvez seja estupidez ou ingenuidade da minha parte, mas creio sinceramente que a educação e o acesso à informação são duas pedras basilares no desenvolvimento de qualquer país, que contribuem como poucas coisas para a formação de uma sociedade mais justa.
E o que tem isto a ver com o Magalhães? Menos do que seria desejável. Esse é o problema. Mais do que o computador, o projecto educacional que envolve o XO laptop parece-me bem fundamentado; nas palavras de Negroponte, "it's not a laptop project, it's an education project". Com o Magalhães, todos nós já vimos o computador e a publicidade, mas qual é o projecto?
Esta é apenas mais uma notícia, particularmente hilariante, sobre o Magalhães, mas que está na linha da campanha publicitária governamental, que tem sido amplamente criticada.
A primeira vez que ouvi falar de computadores de baixo custo para crianças foi numa TED talk de Nicholas Negroponte sobre o projecto One Laptop per Child, que visa distribuir computadores de baixo custo por crianças de países em desenvolvimento. No entanto, desde há 20 anos que a mensagem de Negroponte sobre este assunto era a mesma. Ter uma mensagem consistente durante tanto tempo é algo bastante mais raro do que se possa pensar. Esta consistência merece-me respeito.
Na TED talk de Negroponte de 2008, ele fala do estado actual do projecto e mostra os primeiros XO laptops que ficaram prontos e foram entregues. Apesar das expectativas iniciais, a distribuição de XO laptops, que Negroponte tentou fazer, em colaboração com os governos de vários países em desenvolviemnto, não conseguiu atingir a dimensão desejada. Isto deve-se em grande parte devido à produção do Classmate (Magalhães) pela Intel e Microsoft. Há muitas comparações entre os dois computadores na net (por exemplo, aqui, aqui, aqui), mais ou menos parciais, que valorizam mais ou menos aspecto específicos das duas máquinas, que são, em muitas coisas, equivalentes. Noutras, sobretudo no software, nem tanto. E apesar da ideia original ser o XO, este não é o antecessor do Magalhães. Quanto muito, um competidor; dentro do possível, visto que o projecto OLPC não tem fins lucrativos.
Muitos dirão que, nos países em desenvolvimento, as crianças têm necessidades muito mais prementes do que computadores ou mesmo educação. É certo que um computador não é comida, bebida, medicamentos ou roupa. Mas também é certo que nenhuma destas coisas substitui educação. Além disso, há muito mais agências que fornecem este tipo de ajudas. Talvez seja estupidez ou ingenuidade da minha parte, mas creio sinceramente que a educação e o acesso à informação são duas pedras basilares no desenvolvimento de qualquer país, que contribuem como poucas coisas para a formação de uma sociedade mais justa.
E o que tem isto a ver com o Magalhães? Menos do que seria desejável. Esse é o problema. Mais do que o computador, o projecto educacional que envolve o XO laptop parece-me bem fundamentado; nas palavras de Negroponte, "it's not a laptop project, it's an education project". Com o Magalhães, todos nós já vimos o computador e a publicidade, mas qual é o projecto?
Wednesday, November 19, 2008
O silêncio é de ouro II
Será de ouro, mas há gente com grande dificuldade em dar-lhe o devido valor.
Tuesday, November 18, 2008
Saturday, November 15, 2008
Há seis meses...
... era assim. E era disto do que o país necessitava. Era um exemplo a puxar para cima, a evidenciar, porque eram estes exemplos que davam ao país confiança para o futuro.
Hoje é que se sabe.
Hoje é que se sabe.
Friday, November 14, 2008
Bye bye jumper! Hello scarf!
O termo técnico é capaz de ser teimosa que nem um burro ou uma burra, quanto muito. Em linguagem politicamente correcta, podemos optar por persistente. A teimosia/ persistência é de família. Mas há alturas em que, acima de tudo, há que ser pragmático.
A minha camisola (ie, aquela que eu tentava tricotar), apesar de ter uma parte da frente, uma de trás e uma porção de uma manga, tinha um futuro pouco risonho à sua espera. Por isso, ontem decidi finalmente desfazê-la e dar-lhe a oportunidade de se tornar num cachecol, muito provavelmente acompanhado de gorro e luvas.
Embora lhe tenha custado, acho que a ex-camisola-novo-cachecol está muito mais feliz assim.
A minha camisola (ie, aquela que eu tentava tricotar), apesar de ter uma parte da frente, uma de trás e uma porção de uma manga, tinha um futuro pouco risonho à sua espera. Por isso, ontem decidi finalmente desfazê-la e dar-lhe a oportunidade de se tornar num cachecol, muito provavelmente acompanhado de gorro e luvas.
Embora lhe tenha custado, acho que a ex-camisola-novo-cachecol está muito mais feliz assim.
Thursday, November 13, 2008
Tarte de limão do Gordon Ramsay
Eu admito: a do livro tinha tinha muito melhor aspecto. Tinha açúcar queimado por cima, tipo leite creme e a luz era nitidamente mais apropriada. Mas por alguma coisa ele é que é o chef profissional. De qualquer modo, ficou muito gostosa. (Gostosa é sem dúvida uma palavra bem gostosa.)
Para a massa (500g):
125 g de manteiga sem sal
90 g de açúcar para bolos
1 ovo
250 g de farinha para todos os usos
1. Misturar a manteiga com o açúcar.
2. Adicionar o ovo à mistura.
3. Adicionar a farinha; quando a massa estiver formada, deve moldar-se em forma de disco achatado, envolver em papel aderente e refrigerar 30min antes de estender.
4. Depois de estender sobre a forma de tarte, refrigerar durante 20 min.
5. Cozer "em blind" durante 15 min a 190ºC, seguidos de outros 5 min, sem os feijões.
Para o recheio:
2 ovos
4 gemas
180 g açúcar para bolos
200 mL natas
Sumo de 2 limões
1. Bater os ovos, as gemas e o açúcar.
2. Juntar as natas.
3. Adicionar o sumo de limão através de um coador.
4. Encher a base com o recheio.
5. Cozer 50-60 min a 110ºC, até que o recheio esteja quase sólido.
Opcional: polvilhar com açúcar em pó e queimar.
Charaaaaaaaan!
Embora com um atraso enorme, este post é para a Sarinha. :)
Para a massa (500g):
125 g de manteiga sem sal
90 g de açúcar para bolos
1 ovo
250 g de farinha para todos os usos
1. Misturar a manteiga com o açúcar.
2. Adicionar o ovo à mistura.
3. Adicionar a farinha; quando a massa estiver formada, deve moldar-se em forma de disco achatado, envolver em papel aderente e refrigerar 30min antes de estender.
4. Depois de estender sobre a forma de tarte, refrigerar durante 20 min.
5. Cozer "em blind" durante 15 min a 190ºC, seguidos de outros 5 min, sem os feijões.
Para o recheio:
2 ovos
4 gemas
180 g açúcar para bolos
200 mL natas
Sumo de 2 limões
1. Bater os ovos, as gemas e o açúcar.
2. Juntar as natas.
3. Adicionar o sumo de limão através de um coador.
4. Encher a base com o recheio.
5. Cozer 50-60 min a 110ºC, até que o recheio esteja quase sólido.
Opcional: polvilhar com açúcar em pó e queimar.
Charaaaaaaaan!
Embora com um atraso enorme, este post é para a Sarinha. :)
Wednesday, November 12, 2008
No dia de S. Martinho...
Tuesday, November 11, 2008
Bruno Aleixo está de volta!
Com uma cara literalmente nova, este ser (à falta de melhor classiicação) tem agora uma programa de TV. Continua estranho e estranhamente bom.
Ainda tentei deixar o vídeo embeded, mas é daqueles que começa assim que se entra na página, o que é absolutamente insuportável. Por isso, para ver, é seguir por aqui.
Ainda tentei deixar o vídeo embeded, mas é daqueles que começa assim que se entra na página, o que é absolutamente insuportável. Por isso, para ver, é seguir por aqui.
Saturday, November 08, 2008
Novela na Santa Casa, by Cathie Levy
Novela na Santa Casa - The Promise of Happiness é um filme de esperança. Conta-nos como é a vida na 38ª enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, o serviço de cirurgia plástica reparadora dirigido pelo famoso Dr. Ivo Pitanguy.
Segundo o site, este serviço "tem como objetivo principal atender, de forma altruística, a população menos favorecida do Rio de Janeiro, de outros estados e do exterior, que apresentam deformidades de origem congênita, adquirida ou traumática." Para se auto-financiar, o serviço faz cirurgias puramente estéticas, que são pagas, mas, segundo creio, são mais baratas do que seria numa outra clínica privada. Mas não é só uma questão de poder pagar, há que conseguir ser admitido como um caso cirúrgico pelo serviço. A possibilidade de ser operado pelo melhor, vale o esforço. Eu não sei muito de cirurgia estética, mas, ao que parece, o Dr Pitanguy é mesmo a "crème de la crème"; vêm médicos de todo mundo para trabalhar no serviço dele.
Assim, as mulheres, sobretudo mulheres, esperam em longas filas por esta oportunidade. Há-as de todos os tipos: novas, menos novas, altas, menos altas, bonitas, menos bonitas, magras, menos magras, com mais ou menos dinheiro. Muitas vêem-se antes como velhas, menos velhas, baixas, menos baixas, feias, menos feias, gordas ou menos gordas. Algumas vêm retocar detalhes, outras tirar partes "que não lhes pertencem". Não se pode ser relaxado, sobretudo quando se é mulher. Ninguém quer uma mulher relaxada, muito menos ela própria. A maioria espera não só livrar-se do lhes pesa no corpo, como também daquilo que lhes pesa na alma. A cirurgia é uma nova oportunidade de recomeçar.
Não sabemos se recomeçaram ou não, se a cirurgia correspondeu às expectativas e lhes trouxe tudo o que esperavam. O filme mostra o antes, as filas, a preparação, as dietas, os exames, a véspera. O depois é só delas. Mas a esperança delas era tanta, que eu também espero sinceramente que sim.
Segundo o site, este serviço "tem como objetivo principal atender, de forma altruística, a população menos favorecida do Rio de Janeiro, de outros estados e do exterior, que apresentam deformidades de origem congênita, adquirida ou traumática." Para se auto-financiar, o serviço faz cirurgias puramente estéticas, que são pagas, mas, segundo creio, são mais baratas do que seria numa outra clínica privada. Mas não é só uma questão de poder pagar, há que conseguir ser admitido como um caso cirúrgico pelo serviço. A possibilidade de ser operado pelo melhor, vale o esforço. Eu não sei muito de cirurgia estética, mas, ao que parece, o Dr Pitanguy é mesmo a "crème de la crème"; vêm médicos de todo mundo para trabalhar no serviço dele.
Assim, as mulheres, sobretudo mulheres, esperam em longas filas por esta oportunidade. Há-as de todos os tipos: novas, menos novas, altas, menos altas, bonitas, menos bonitas, magras, menos magras, com mais ou menos dinheiro. Muitas vêem-se antes como velhas, menos velhas, baixas, menos baixas, feias, menos feias, gordas ou menos gordas. Algumas vêm retocar detalhes, outras tirar partes "que não lhes pertencem". Não se pode ser relaxado, sobretudo quando se é mulher. Ninguém quer uma mulher relaxada, muito menos ela própria. A maioria espera não só livrar-se do lhes pesa no corpo, como também daquilo que lhes pesa na alma. A cirurgia é uma nova oportunidade de recomeçar.
Não sabemos se recomeçaram ou não, se a cirurgia correspondeu às expectativas e lhes trouxe tudo o que esperavam. O filme mostra o antes, as filas, a preparação, as dietas, os exames, a véspera. O depois é só delas. Mas a esperança delas era tanta, que eu também espero sinceramente que sim.
Friday, November 07, 2008
Gonzo: The Life and Work of Dr. Hunter S. Thompson, by Alex Gibney
Há que dizê-lo com toda a sinceridade. Eu não sabia ao que ia.
Esta escolha foi da tua inteira responsabilidade. Se eu já suspeitava do teu enoooorme bom gosto, este filme foi mais uma confirmação.
Foi absolutamente brutal. Até arriscaria brutalíssimo, que provavelmente não se diz.
Embora discorde radicalmente da posição liberal que Hunter Thompson tinha sobre as armas e ache que tamanho consumo de drogas é capaz de começar a corroer o cérebro, é impossível não achar que este tipo era nitidamente um génio. Um génio louco, mas um génio. Adorei o rumor sobre o Ibogaine effect, que Hunter admitiu ter iniciado. E é algo impressionante (e triste) que coisas que ele escreveu há 30 e tal anos sobre Nixon façam um estranho sentido perante os dias do ex-presidente Bush.
Há uns dois ou três filmes anteriores sobre Thompson, que ficaram na minha lista de filmes a ver. E as ilustrações de Ralph Steadman, o seu parceiro "no crime", também ficaram nos Bookmarks.
Tenho pena que o segundo mandato de Bush tenha sido demais. Gostaria de ler o que teria a dizer sobre esta campanha.
Esta escolha foi da tua inteira responsabilidade. Se eu já suspeitava do teu enoooorme bom gosto, este filme foi mais uma confirmação.
Foi absolutamente brutal. Até arriscaria brutalíssimo, que provavelmente não se diz.
Embora discorde radicalmente da posição liberal que Hunter Thompson tinha sobre as armas e ache que tamanho consumo de drogas é capaz de começar a corroer o cérebro, é impossível não achar que este tipo era nitidamente um génio. Um génio louco, mas um génio. Adorei o rumor sobre o Ibogaine effect, que Hunter admitiu ter iniciado. E é algo impressionante (e triste) que coisas que ele escreveu há 30 e tal anos sobre Nixon façam um estranho sentido perante os dias do ex-presidente Bush.
Há uns dois ou três filmes anteriores sobre Thompson, que ficaram na minha lista de filmes a ver. E as ilustrações de Ralph Steadman, o seu parceiro "no crime", também ficaram nos Bookmarks.
Tenho pena que o segundo mandato de Bush tenha sido demais. Gostaria de ler o que teria a dizer sobre esta campanha.
Thursday, November 06, 2008
Must Read After My Death, by Morgan Dews
Entre os filmes que vimos, foi o único que ganhou um prémio, o Prémio Odisseia para melhor primeira obra.
E é de facto uma primeira obra muito interessante. O realizador, Morgan Dews, conta a história de uns anos turbulentos entre a sua família, passados por volta dos anos 60, ainda antes dele ter nascido. Por sua família, entenda-se avós maternos, Allys e Charlie, e respectivos filhos, i.e. a sua mãe e os seus tios. Nessa altura, os membros da família tiveram sessões de terapia individual ou em grupo, muitas das quais foram gravadas e guardadas durante anos pela sua avó. Além das sessões de terapia, havia diários gravados, cartas em Dictaphone e transcrições de muitas das gravações. Quando ela morreu em 2001, Morgan herdou todos os vídeos que havia lá em casa e dos vídeos chegou ao resto. Foi a descoberta de toda esta história familiar que o levou a fazer o filme, aliado ao desejo de dar finalmente a oportunidade à sua avó de contar esta história.
Muitos dos problemas familiares estavam relacionados com a dificuldade da sua avó se adaptar ao papel de mãe e dona de casa que era socialmente esperado dela ou, por outro lado, com a dificuldade do seu avô entender que a sua mulher era uma pessoa. No filme, a verdadeira história é-nos contada através das gravações, enquanto que as imagens mostram fotografias e vídeos da mesma altura da típica all-american family feliz e sorridente. As cores esbatidas e granuladas das imagens e o som metalizado e entremeado de ruídos dão-lhe o ar nostálgico que vejo nas fotos antigas nas paredes das velhas casas de família. Eu, que gosto de histórias, gostei de ouvir esta.
Tu luque ete a treila, clique rire.
E é de facto uma primeira obra muito interessante. O realizador, Morgan Dews, conta a história de uns anos turbulentos entre a sua família, passados por volta dos anos 60, ainda antes dele ter nascido. Por sua família, entenda-se avós maternos, Allys e Charlie, e respectivos filhos, i.e. a sua mãe e os seus tios. Nessa altura, os membros da família tiveram sessões de terapia individual ou em grupo, muitas das quais foram gravadas e guardadas durante anos pela sua avó. Além das sessões de terapia, havia diários gravados, cartas em Dictaphone e transcrições de muitas das gravações. Quando ela morreu em 2001, Morgan herdou todos os vídeos que havia lá em casa e dos vídeos chegou ao resto. Foi a descoberta de toda esta história familiar que o levou a fazer o filme, aliado ao desejo de dar finalmente a oportunidade à sua avó de contar esta história.
Muitos dos problemas familiares estavam relacionados com a dificuldade da sua avó se adaptar ao papel de mãe e dona de casa que era socialmente esperado dela ou, por outro lado, com a dificuldade do seu avô entender que a sua mulher era uma pessoa. No filme, a verdadeira história é-nos contada através das gravações, enquanto que as imagens mostram fotografias e vídeos da mesma altura da típica all-american family feliz e sorridente. As cores esbatidas e granuladas das imagens e o som metalizado e entremeado de ruídos dão-lhe o ar nostálgico que vejo nas fotos antigas nas paredes das velhas casas de família. Eu, que gosto de histórias, gostei de ouvir esta.
Tu luque ete a treila, clique rire.
Wednesday, November 05, 2008
Tuesday, November 04, 2008
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