O penúltimo livro que li foi Fúria, de Salmon Rushdie, na versão em Português, traduzida por Alexandra Lopes e publicada pelas Publicações Dom Quixote.
O que tenho a dizer pelo livro é pouco, pouquinho. Creio que este livro teve azar e me apanhou numa fase da vida em que não estava muito para aí virada, pelo que, se o meu protoneurónio apreendeu metade daquilo que havia para apreender, já foi muito. Demorei séculos a lê-lo, o que nunca ajuda. Havia noites em que devo ter lido três linhas ou talvez apenas três palavras. É bastante introspectivo, com uma acção que é apenas um acessório para nos dizer aquilo que se passa na mente talvez meia louca de Malik Solanka. Cheguei ao fim, mas penso que, se tivesse sido honesta, o teria abandonado a meio, reconhecendo que não seria possível lê-lo agora. Tenho ali mais um ou dois livros de Rushdie e dar-lhe-ei uma segunda oportunidade, quando o protoneurónio estiver com mais disponibilidade para o mundo.
Face a este desastre, decidi que só poderia ler livros de consumo rápido, sem sentidos obscuros por detrás do texto ou que me fizessem questionar muito sobre o sentido da vida.
Calma, calma, desesperada, mas não tanto... Não foi desta que fui comprar o novo êxito de Margarida Rebelo Pinto. Nada disso. Antes, The Last Testament, de Sam Bourne. Como eu esperava, não desiludiu. Lido em três tempos, verdadeiramente relaxante, é uma daquelas histórias de conspiração internacional e mistério que estão tão na moda nos dias que correm. Não é uma grande obra da literatura, mas cumpriu a sua função.
Agora, passei para mais um mistério do Inspector Montalbano, de Andrea Camilleri, traduzido em inglês, The Snack Thief.
Durante uns tempos, creio que as minhas escolhas de leituras, à excepção de interessantes papers, continuarão nesta linha light.
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