Os monstros que vivem debaixo da cama, por vezes, no meio de algum cotão, têm braços extensíveis. Há dias em que os estendem e nos enlaçam por baixo das cobertas, para que possamos ficar ali com a cabeça por entre a areia dos lençóis, fora do barulho do mundo. E enquanto por aí ficamos, um ser holográfico desprende-se de nós e arrasta-se pelas ruas, encarnando o nosso papel. Não é bom, mas sabe bem.
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