Friday, January 30, 2009

Até eles já o descobriram!

O Presidente Eterno. Pelo El País, sobre Alberto João Jardim.

Wednesday, January 28, 2009

Viewer discretion is advised

Nunca tinha pensado em "postar" um vídeo sexualmente explícito. Nunca penses nunca. Ou até mesmo "Nunca penses, nunca!".

Aqui fica então: sexualidade explícita entre animais-balões-preservativos. Anúncio para a Durex, pela Superfad.



E fica também o link para os bloopers.

Seja Magnífico!

Cá para mim, era assim que deviam começar os anúncios de concurso para Reitor da Universidade de Lisboa e da Madeira.
É que com os anúncios clássicos não sei se vão ter grandes candidatos, visto que o cargo está cada vez menos atractivo. Parece que as Universidades estão falidas ou lá perto. Mas uma vez que não representam um risco sistémico para a nossa economia, nem exportam nada a não ser malta, não há nada a fazer.

Monday, January 26, 2009

Saturday, January 24, 2009

O medo da modernidade

Foi uma boa talk, bem organizada e com um bom fim condutor, como se espera de um orador mais do experiente. Mas foi também, e sobretudo, um recordar da matéria dada.

Ainda assim, gostaria de partilhar a interpretação de Michael Ruse sobre o ainda aceso debate entre evolucionistas e criacionistas, que achei curiosa. Diz ele que a grande preocupação dos criacionistas não é bem a evolução, mas sim, aquilo que, na sua perspectiva, está associado a ela e é muito mais ameaçador. Uma série de conceitos "modernos", revolucionários e assustadores: aborto, casamentos entre homossexuais e cross-dressing - homens de saias e, claro, mulheres de calças. E embora nunca tivesse pensado nisto, não me parece completamente descabido.

Thursday, January 22, 2009

Twitteromania

O Bug é que disse: "Se queres ser alguém na vida, tens que estar no Twitter."

Por isso, um dia destes, quando estava aborrecida, decidi que queria ser alguém na vida e lá fiz a minha conta no Twitter.

Twittei o Bug para testar aquilo e assim ficou durante bastante tempo.

Passados uns quantos podcasts do TWiT (que não está relacionado com o Twitter e é um podcast bastantes jeitoso para ouvir no carro), comecei a ficar mais curiosa, dado o entusiasmo da malta com aquilo.

Por isso, a semana passada (aborrecida, mais uma vez) resolvi explorar o Twitter. Eu e, ao que parece, uma série de gente. De repente (ou nem tanto), a Twitteromania chegou a Portugal. Até a Presidência da República twitta. Não é algo que se queira perder...

Eu não sou grande coisa naquilo. Sigo algumas pessoas de quem leio os blogues, alguns twitters noticiosos e algumas pessoas que me começaram a seguir. Ainda não percebi se gosto daquilo e, como tal, não estou bem no espírito. Aliás, se depender do Twitter, acho que as minhas hipóteses de vir a ser alguém na vida são reduzidas. Mas acho que era capaz de ser mais divertido se tiver mais gente que eu conheça. Por isso, aqui fica o apelo: caros três leitores, juntem-se ao Twitter!

Wednesday, January 21, 2009

Who killed the electric car?, by Chris Paine

Pensava eu que os carros elétricos eram carrinhos. De golfe ou de algo parecido. Que tinham uma autonomia demasiado reduzida ou velocidade muito limitada.

Vim recentemente a descobrir que não é bem assim. Descobri igualmente que as grandes empresas americanas do ramo automóvel já tiveram modelos eléctricos numa dimensão muito menos experimental do que aquilo que eu julgava e que, actualmente, há uma empresa que vende este belo modelito, também eléctrico. Descobri ainda que, apesar do aparente desenvolvimento dos veículos eléctricos, as directrizes políticas são agora na direcção dos veículos a hidrogénio, o que mantém os modelo dos negócios ligados aos automóveis e demorará provavelmente mais tempo até poder ser comercializada em massa.

Para mais sobre este assunto, recomendo vivamente o documentário seguinte:


PS: Saiu recentemente a notícia de que a Tesla está a colaborar com a Daimler Chrysler para fabricar um EV Smart. Embora espere que isso só aconteça daqui a bastantes quilómetros, já sei qual é o carro que quero quando o Smart actual falhar.

Tuesday, January 20, 2009

The beginning of a new era



Foi bonita a festa. Foi bonito o discurso. Foi bonito ver o fim da presidência de George Bush. E é bonito poder pensar e sentir que melhores tempos virão. Esperemos bem que sim.

Monday, January 19, 2009

Têm planos para hoje?

Se não têm, não vai ser difícil arranjar. Parece que há muitas festas por esse mundo fora. Hip hip hurray!

Sunday, January 18, 2009

Just a thought

Diz a Protecção Civil que dos 9964 incêndios urbanos que ocorreram em Portugal em 2007, 6487 ocorreram em habitações e houve 33 vítimas mortais.
Durante o ano de 2008, os incêndios urbanos fizeram 32 mortes em Portugal, dos quais 25 foram em habitações. Desde o início do ano 2009 já se registam 9 vítimas nas suas residências.

É certo que nem sempre funcionam, que às vezes funcionam quando não devem, que precisam de pilhas novas de vez em quando e que não fazem pés velhinhos descer escadas mais depressa. Mas não consigo deixar de me perguntar se estes números seriam os mesmos se houvesse alarmes de fumo em todas as habitações. E não acho que seja uma dúvida que valha a pena manter.

Friday, January 16, 2009

Thursday, January 15, 2009

Ainda sobre o mesmo...

Embora tenha lido as notícias bem mais cedo, acabei por só ver as imagens lá para o fim do dia. Enquanto não as vi, alimentei a esperança ingénuo-estúpida de que não fossem tão más quanto são. Com aquela pequeno detalhe do contexto, talvez pudesse ser diferente. Mas não é. O vídeo é muito pior do que a leitura. Brrr...

Continuo sem perceber o que terá passado pela cabeça do Cardeal para dizer uma coisa destas. Aliás, além do óbvio, o fio condutor do discurso não faz sentido (pelo menos neste clip, aqui não sei como seria a versão não editada): começa por dizer que é preciso ter cuidado com os amores pelos muçulmanos, passa para "o diálogo é difícil porque os muçulmanos não querem dialogar" e termina dizendo que os portugueses não sabem o suficiente sobre os muçulmanos e que é preciso conhecer para respeitar. No mínimo, pode dizer-se que é uma linha de raciocínio estranha, muito estranha.

Como todas as generalizações, estes comentários são de uma profunda injustiça. Não estou, com isto, a pôr em causa a minha firme convicção de que homens e mulheres são cidadãos de plenos direitos que devem ser respeitados como iguais em qualquer parte do mundo. Não abro excepções para motivos religiosos ou culturais como justificação aceitável para a discriminação ou abuso das mulheres. Sei, ainda assim (ingénuo-estúpida, mas nem tanto), que a discriminação e o abuso ocorrem em muitas partes do mundo, em diversos graus de seriedade, com mais ou menos protesto ou aceitação por parte da sociedade. Lembremo-nos que esta ideia que todas as pessoas têm direitos iguais é um fenómeno relativamente recente em toda a parte. Lembremo-nos que, em Portugal, por exemplo, as restrições aos votos das mulheres só terminaram em 1968, que lhes estavam vedados determinadas posições, que não podiam assinar contratos de trabalho ou sair do país sem o consentimento dos maridos.

Por outro lado, voltando aos comentários, se "os muçulmanos" não queriam dialogar, calculo que pérolas destas não facilitarão o diálogo. Além disso, não sei se começar por ler o Corão é a melhor maneira de conhecer "os muçulmanos", do mesmo modo que não me parece que ler a Bíblia permita conhecer "os cristãos". No Antigo Testamento, por exemplo, há muitas passagens pouco simpáticas (no mínimo) para as mulheres.

Por último, talvez continuando no meu estilo ingénuo-estúpido, parece-me que cada indivíduo é muito mais do que a religião que professa. E aposto, que por trás de uma barreira de diferenças (às vezes, muito pouco diferentes) religiosas, há muitas semelhanças inerentes à condição humana que, para contrariedade de muitos, todos partilhamos.

Além disso, ouvir estes comentários só me fez lembrar o discurso anti-religioso que ouço cá em casa: o da necessidade das religiões cerrarem fileiras e do paradoxo que é o diálogo inter-religioso, argumentos que o meu lado racional e cínico não pode deixar de aceitar. Estes comentários tornam mais fraco o meu argumento (ingénuo-estúpido?) que podemos coexistir todos com respeito e harmonia. Além de tudo o mais, isso irrita-me.

Wednesday, January 14, 2009

Be afraid, be very afraid

Eu até gostava de dizer algo sobre isto, mas fiquei sem palavras.

Windows 7, by xkcd

Monday, January 12, 2009

Update

Ao contrário do que disse anteriormente, os episódios da nova série do "Conta-me como foi" estão disponíveis online. Venho, assim, corrigir o que disse e incitar-vos a ver isto.

Sunday, January 11, 2009

A ver enquanto é possível

Três exposições que acabam em Janeiro:

- Até 18 de Janeiro
Paula Rego e os Anos 80 no Centro de Arte Manuel de Brito no Palácio Anjos, em Algés
Terça a domingo, das 11h30 às 18h00
Última sexta de cada mês, das 11h30 às 24h00
Pela informação que encontrei, a entrada de adulto custa €2, mas quando visitei a exposição, a entrada foi gratuita (provavelmente por ser a um Domingo)
Sou muito parcial no que respeita a Paula Rego, por isso, apesar da exposição não ser muito extensa, recomendo vivamente.

- Até 25 de Janeiro
BESart – Colecção Banco Espírito Santo - O Presente: Uma Dimensão Infinita no Museu Berardo, em Lisboa
Todos os dias, das 10h00 às 19h00
Sexta-feira, das 10h00 às 22h00
Entrada gratuita
Sou igualmente parcial no que toca a exposições de fotografia. Segundo a informação disponibilizada, a colecção do BES é o mais significativo acervo de fotografia contemporânea em Portugal. Isso não consigo dizer, mas posso garantir que está exposto um número muito considerável de fotografias, de géneros diferentes. Eu gostei muito.

- Até 30 de Janeiro
Manel Armengol. Transições. 70s em Espanha, China, Estados Unidos no Arquivo Fotográfico, em Lisboa
Terça a Sexta, das 10. 00h às 18.30h
1.º e 3.º Sábados de cada mês, das 10.00h às 17.15h
Entrada gratuita
É preciso vontade para ver esta exposição, porque os horários são pouco convidativos. Mas entre o Natal e o fim de ano, deu para dar lá um salto num dia de semana. E valeu a pena. Não só pelas fotos, como pela descoberta do edifício do Arquivo Fotográfico, que passa facilmente despercebido na confusão da Rua da Palma.

Por último, não posso deixar de reparar na coincidência: nos três casos, a informação oficial disponível online é particularmente deficiente. Não se deixem enganar por aparente esta falta de cuidado.

Saturday, January 10, 2009

Quem desdenha, quer comprar

Pois é. A probabilidade era baixa e, de facto, neve em Lisboa, nem vê-la. Houve precipitação durante a noite, sim senhor, mas apenas uma chuvita desinteressante (pelo menos, pelo que me apercebi).
O que vinha aqui dizer é que, nitidamente para nos compensar do facto de não ter havido neve, tivemos um dia de sol absolutamente espectacular. :)

Sunday, January 04, 2009

Conta-me como foi

No quarto dia do ano, volta a nova série de um dos melhores programas de ficção nacional, o "Conta-me como foi", na RTP1. Com um elenco de luxo, um texto francamente bom e uma grande atenção ao detalhe, mais do que o dia a dia da família Marques Lopes, o "Conta-me" parece-me (não me arrisco a mais do que parece porque não tenho grande termo de comparação) uma óptima viagem no tempo a um Portugal não tão distante quanto isso. A não perder!

Estranhamente o novo episódio ainda não está online, mas os anteriores podem ser vistos no site da RTP. Sigam por aqui. (Nota: o vídeo que inicia quando se entra na página é o do último programa da última série; para começar do ínicio, há que ir ao arquivo.)

Friday, January 02, 2009

Do Natal

Antes que haja espaço para confusões, começo por dizer que gosto do Natal. Gosto desta ideia de um tempo de paz e harmonia. Gosto do frio. Gosto de (algumas) luzes em árvores.

Mas o Natal implica muitas outras coisas que eu não gosto assim tanto. Destas há duas que me desagradam particularmente. Uma é o facto da época natalícia estar cada vez mais colada ao Verão. Está a malta a chegar de férias, ainda mal re-habituada a esta coisa bonita que é o trabalho, e sem se dar bem por isso, aparecem um monte de luzes, música e outras decorações afins nas ruas e nas lojas. A outra é a enchente de pessoas que tomam as lojas ou os centros comerciais de assalto. Há poucas coisas que sejam menos natalícias do que um centro comercial apinhado de gente em missão de comprar prendas para família e amigos.

Por isso, visto que a "marketização" do Natal me irrita sobremaneira, impedindo-me de entrar verdadeiramente no espírito, decidi que era tempo de reduzir. Nas nossas famílias, houve "amigo secreto": cada um só comprou e só recebeu uma prenda. Foi uma iniciativa com bastante sucesso, que creio que vamos adoptar para o futuro. Com as amigas do costume, troquei tempo (e comida) em vez de prendas.






À redução, escaparam (por ora) as crianças, menos as mais pequeninas, que receberam botinhas (handmade by yours truly).





Thursday, January 01, 2009

Da esperança

Eu confesso. A passagem de ano não é das minhas festas preferidas. A "obrigação" de festejar tem normalmente em mim o efeito contrário, ou não fosse eu teimosa que nem um burro.



Por isso, não sei bem explicar isto, mas parece-me que o sentimento que melhor definia o meu estado de espírito enquanto descia as ruas escorregadias rumo ao Terreiro do Paço era mesmo a esperança. Apesar da crise, das mudanças que se avizinham e que me causam borboletas na barriga e da incerteza que envolve este ano. Por muito normal que seja começar um ano com esperança, como é costume nos príncipios das coisas, esta era uma sensação nova para mim. A minha interpretação (grosseira) é que terá provavelmente sido devido ao facto dos furos terem ficado feitos e os cabides pendurados. Por isso está decidido: para testar esta teoria, vou deixar de novo uma tarefa para o último dia do ano. Depois comunico os resultados.