Sunday, March 22, 2009

A descoordenação

Há que dizê-lo com toda a frontalidade. Eu não sou dos melhores exemplos de coordenação motora. O R., entre outros, não consegue deixar de sorrir quando me vê correr. Eu própria admito que me identifiquei com o modo especial com que a Phoebe (dos Friends) fazia jogging em Central Park.

Apesar disso, lá vou tentando combater (umas vezes mais do que outras, é certo) a descoordenação motora que me atinge desde sempre. Quando era pequena, tal como a maioria das pessoas, aprendi a andar de bicicleta (ou assim julgava eu). Sem rodinhas, nem nada... À grande! No entanto, da primeira vez que andei de bicicleta com o R., foi-me explicado, mais uma vez entre sorrisos, que eu não sabia andar. Mais, que era quase milagroso o facto de eu não me espalhar cada vez que começava a andar.Tendo isto em conta, é normal que eu não seja a companheira de biking mais estimulante que ande para aí, mas ainda assim, ainda não desistimos.

Em minha defesa, digo apenas que apesar de ser uma croma sobre rodas, Lisboa não é a cidade mais simpática para se andar de bicicleta; há a questão das colinas, dos carros e dos paralelos, cujos efeitos nefastos se multiplicam muitas vezes para uma ciclista de trazer por casa como eu. Junto ao rio, na Expo ou em Belém/Algés, a bicicleta parece-me interessante, mas o caminho para chegar a esses sítios é a verdadeira tortura.

Ainda em minha defesa, tenho que reportar alguns progressos. Ao início, o meu banco tinha que estar a uma altura tal que eu conseguisse chegar com os pés ao chão sem desmontar, altura essa que eu própria sei que não é a certa. Lá acedi a subir o banco e, se de facto, pedalar assim é muito mais confortável, preciso de treinar melhor os inícios e as paragens. Ao início, saía da bicla nas descidas (ok, nas subidas também, mas isso é normal); não em todas, mas naquelas verdadeiramente inclinadas e de paralelos, sem dúvida. É que, por mais que me esforçasse, a imagem do meu choque contra o eventual carro que iria a passar na rua perpendicular à minha descida não me saía da cabeça. Além disso, não só preciso de adquirir muito melhor controlo sobre a bicicleta, como perder o ar de pânico que devo ter quando estou a andar.

Hoje fizemos mais uma tentativa. O R. disse sempre que eu precisava de cair umas vezes para me sentir mais à vontade. Comecei hoje com esta nova abordagem. (No worries, caí quase parada e sozinha - à croma -, mas fiquei fina, à excepção de uns arranhões e um ligeiro inchaço na mão direita). É capaz de vir a ter resultados.

3 comments:

malvicas said...

hum.. o R. não será um bocadinho sádico? ;p Eu tenho o mesmo problema, duvido um pouco da máxima que nunca se desaprende a andar de bicicleta. Ainda não ultrapassei a altura do banco para chegar com os pés ao chão...

ACA said...

Lol. Não, não é.
O meu prob é que nunca aprendi de jeito. E aprender em adulto é sempre mais assustador e difícil do que em criança. Quanto ao banco, depois de experimentar pedalar com aquilo na altura certa, vejo que o caminho não é voltar atrás. Não só é muito mais confortável, como é muito mais eficiente.

Claratje said...

:D
Bem como te deves lembrar eu e a educação fisica nunca fomos grandes amigas... basta dizer que era sempre a ultima a ser escolhida :D Mas adiante... eu e o andar de bicicleta, estando eu na cidade delas claro que eu tinha que ter uma, mas nunca deixei a área se segurança altura do banco boa para eu ter os meus pezinhos no chão, e detesto qd tenho que usar a bicicleta de alguem que não tem essa área de segurança! Quanto as quedas não sei se acredito que qt mais uma pessoa cair mais a vontade se sente... so me consigo lembrar de uma vez que estava a sair do departamento e falhei a rampa e voei o equivalente a 5 degraus. So me lembro de ter ficado estatelada no chão com a mochila do pc encostada ao pescoço e de ter uma dor enorme no cotevelo... E depois de ter passado 2 semanas com o braço ao peito depois de várias aventuras pelos hospitais de aveiro e leiria...
Depois de algum tempo voltei a andar, mas detesto rotundas, e atravesso sempre as passadeiras a caminhar... Ups
Mas com esta minha história não te quero desanimar!!! Boa sorte tu vais conseguir :D