Wednesday, December 31, 2008

Ooops, já me esquecia...

Feliz 2009 para todos!!!

Não guardes para o ano

Depois de serem adiados inúmeras vezes, decidimos que os furos ficariam feitos hoje. Havia um quadro, vários cabides e cortinas para pendurar.
De facto, podemos dizer que terminámos o ano sem furos para fazer.
É este tipo de iniciativa que aumenta a nossa popularidade entre os vizinhos.

Uma guerra em todas as frentes

Enquanto andamos embrenhados em festas de Natal e fim de ano, voltou a acender-se entre Israelitas e Palestinianos. Além das violentas ofensivas aéreas e da mais que provável ofensiva terrestre, parece que Israel tenta também fazer uma ofensiva virtual.

Tuesday, December 30, 2008

2008 em imagens

Foi o R. que me mandou o link. É uma selecção de 120 fotografias tiradas em 2008. Algumas são histórias que reconhecemos facilmente. Outras são de acontecimentos que não ouvimos falar. Algumas são bonitas. Outras tristes. Algumas fazem sorrir. Outras são demasiado violentas para serem mostradas sem aviso prévio. Ainda assim, vão lá vê-las. Não desiludem.

Podem encontrá-las aqui, aqui e aqui (partes I, II e III).

Thursday, December 25, 2008

Ho ho ho!

De novo, Feliz Natal para todos!

Tuesday, December 16, 2008

Merry Christmas!

Faltam menos de 10 dias p o Natal, por isso, creio que já é aceitável deixar aqui os meus votos de Feliz Natal para todos!

Saturday, December 06, 2008

The Simpsons go to the Mapple store



Muito bom. Recommended by bug.

Standard Operation Procedure, by Errol Morris

A não perder, é o que vos digo!!!

Lembram-se das fotos de Abu Ghraib? Quem não se lembra?
Este documentário conta a história por detrás das fotos.



A história é contada através de entrevistas dos envolvidos.
Falam os guardas prisionais, fotógrafos e fotografados.















Falam interrogadores.





Fala a Col. Janis Karpinsky (ex-General Brigadier), responsável pelas prisões do Iraque na altura.



Fala ainda um dos responsáveis pela análise das fotos no processo contra os guardas prisionais, a quem coube a tarefa de distinguir o que era crime daquilo que era Standard Operation Procedure. A diferença é, muitas vezes, ténue; para as mentes não treinadas do público é mesmo infinitamente menor do que ténue.



Apesar da crueza e da falta de humanidade das imagens, fiquei com a nítida ideia de que foi considerado que o grande erro destes soldados foi terem tirado as fotografias. Mais ainda, que dos actos mais graves, não há imagens.

Para terminar, fica também o link para uma entrevista com Errol Morris, no âmbito do 2007 New Yorker Festival.

Thursday, December 04, 2008

Os mesmos de sempre

Por muito grandes que sejam as divergências, há determinados assuntos em que os USA, a China e a Rússia estão sistematicamente de acordo. Este é apenas mais um exemplo.

Monday, December 01, 2008

Yes, we can - Portuguese version

Depois de vermos novo presidente eleito dos USA a inspirar Americanos e o resto do mundo com o seu discurso Yes, We Can, Jerónimo de Sousa encerrou o congresso do PCP com o discurso do Sim, é possível. Coincidência?

Acho que as semelhanças se ficaram por aqui.

Sunday, November 30, 2008

Six floors to hell, by Jonathan Ben Efrat

O título é expressivo e, no mínimo, apropriado. Depois da curta-metragem The Mall, Jonathan Efrat apresenta a longa-metragem sobre o mesmo centro comercial em Tel Aviv, que nunca acabou de ser construído. Serve de abrigo a trabalhadores palestinianos, que ficam acantonados, como podem, lá dentro. Não há luz, água, nem esgotos; o espaço é limitado. Mas é melhor do que atravessar os checkpoints, do que dormir ao relento ou do que ficar do outro lado, onde não há trabalho.

Saturday, November 29, 2008

Tiramisu della nonna

A minha avó acreditava firmemente na livre circulação de receitas. Dava as suas a quem quer que lhas pedisse. Sempre achou que guardar receitas era um dos melhores caminhos para que elas se perdessem. E quem, no seu perfeito juízo, pode querer que uma boa receita se perca?

Eu, que conto entre os meus bens mais preciosos, um dos seus livros de receitas, tento seguir-lhe o exemplo de partilha. Esta é a última receita do livro, que tem ainda páginas em branco à espera de serem preenchidas. Fiz uns ligeiros ajustes ao original, mas tem dado bons resultados consistentemente. É uma das minhas preferidas.


Ingredientes
75 g de açúcar (originalmente, 125 g)
3 ovos
250 g mascarpone
200 ml de natas (originalmente, 100 g)
Um splash de vinho do porto (originalmente, whisky)
Palitos la reine q.b.
Café q.b.

Preparação
1. Preparar café forte e deixar arrefecer.
2. Separar as claras das gemas e bater as claras em castelo.
3. Bater também as natas e o queijo.
4. Bater as gemas e o açúcar.
5. Juntar, sem bater, as natas, o queijo, as claras e o vinho do porto.
6. Num recipiente apropriado, dispor os palitos la reine embebidos em café numa camada.
7. Cobrir a primeira camada de palitos com o creme.
8. Dispor uma nova camada de palitos la reine embebidos em café sobre o creme.
9. Cobrir esta segunda camada com creme.
10. Refrigerar umas horas.
11. Polvilhar o topo com cacau em pó antes de servir.

Enjoy!

Friday, November 28, 2008

TEDGlobal is coming to Europe

Se alguém tiver aí $4500 para os quais não tenha destino, apressem-se a marcar férias para os dias 21 a 24 de Julho e candidatar-se para um lugar no TED Global 2009. Este ano é em Oxford, UK, o que fica significativamente mais acessível para a malta da Europa. É certo que não é barato, mas aposto que vale a pena. Mesmo, mesmo.

Será que precisam de voluntários?

Tuesday, November 25, 2008

De acordo

Nem sempre acontece, mas, desta vez, estamos todos de acordo.

Thursday, November 20, 2008

Magalhães

Muito se tem escrito e falado sobre o Magalhães, o computador de baixo custo para as crianças do ensino básico, o primeiro computador ibero-americano, que é usado pelos acessores do nosso Primeiro-Ministro e o qual pode servir para apresentar um Orçamento de Estado.

Esta é apenas mais uma notícia, particularmente hilariante, sobre o Magalhães, mas que está na linha da campanha publicitária governamental, que tem sido amplamente criticada.

A primeira vez que ouvi falar de computadores de baixo custo para crianças foi numa TED talk de Nicholas Negroponte sobre o projecto One Laptop per Child, que visa distribuir computadores de baixo custo por crianças de países em desenvolvimento. No entanto, desde há 20 anos que a mensagem de Negroponte sobre este assunto era a mesma. Ter uma mensagem consistente durante tanto tempo é algo bastante mais raro do que se possa pensar. Esta consistência merece-me respeito.

Na TED talk de Negroponte de 2008, ele fala do estado actual do projecto e mostra os primeiros XO laptops que ficaram prontos e foram entregues. Apesar das expectativas iniciais, a distribuição de XO laptops, que Negroponte tentou fazer, em colaboração com os governos de vários países em desenvolviemnto, não conseguiu atingir a dimensão desejada. Isto deve-se em grande parte devido à produção do Classmate (Magalhães) pela Intel e Microsoft. Há muitas comparações entre os dois computadores na net (por exemplo, aqui, aqui, aqui), mais ou menos parciais, que valorizam mais ou menos aspecto específicos das duas máquinas, que são, em muitas coisas, equivalentes. Noutras, sobretudo no software, nem tanto. E apesar da ideia original ser o XO, este não é o antecessor do Magalhães. Quanto muito, um competidor; dentro do possível, visto que o projecto OLPC não tem fins lucrativos.

Muitos dirão que, nos países em desenvolvimento, as crianças têm necessidades muito mais prementes do que computadores ou mesmo educação. É certo que um computador não é comida, bebida, medicamentos ou roupa. Mas também é certo que nenhuma destas coisas substitui educação. Além disso, há muito mais agências que fornecem este tipo de ajudas. Talvez seja estupidez ou ingenuidade da minha parte, mas creio sinceramente que a educação e o acesso à informação são duas pedras basilares no desenvolvimento de qualquer país, que contribuem como poucas coisas para a formação de uma sociedade mais justa.

E o que tem isto a ver com o Magalhães? Menos do que seria desejável. Esse é o problema. Mais do que o computador, o projecto educacional que envolve o XO laptop parece-me bem fundamentado; nas palavras de Negroponte, "it's not a laptop project, it's an education project". Com o Magalhães, todos nós já vimos o computador e a publicidade, mas qual é o projecto?

Wednesday, November 19, 2008

O silêncio é de ouro II

Será de ouro, mas há gente com grande dificuldade em dar-lhe o devido valor.

Tuesday, November 18, 2008

O silêncio é de ouro

Percebo cada vez melhor a estratégia do silêncio.

Saturday, November 15, 2008

Há seis meses...

... era assim. E era disto do que o país necessitava. Era um exemplo a puxar para cima, a evidenciar, porque eram estes exemplos que davam ao país confiança para o futuro.

Hoje é que se sabe.

Friday, November 14, 2008

Bye bye jumper! Hello scarf!

O termo técnico é capaz de ser teimosa que nem um burro ou uma burra, quanto muito. Em linguagem politicamente correcta, podemos optar por persistente. A teimosia/ persistência é de família. Mas há alturas em que, acima de tudo, há que ser pragmático.

A minha camisola (ie, aquela que eu tentava tricotar), apesar de ter uma parte da frente, uma de trás e uma porção de uma manga, tinha um futuro pouco risonho à sua espera. Por isso, ontem decidi finalmente desfazê-la e dar-lhe a oportunidade de se tornar num cachecol, muito provavelmente acompanhado de gorro e luvas.

Embora lhe tenha custado, acho que a ex-camisola-novo-cachecol está muito mais feliz assim.

Thursday, November 13, 2008

Tarte de limão do Gordon Ramsay

Eu admito: a do livro tinha tinha muito melhor aspecto. Tinha açúcar queimado por cima, tipo leite creme e a luz era nitidamente mais apropriada. Mas por alguma coisa ele é que é o chef profissional. De qualquer modo, ficou muito gostosa. (Gostosa é sem dúvida uma palavra bem gostosa.)



Para a massa (500g):
125 g de manteiga sem sal
90 g de açúcar para bolos
1 ovo
250 g de farinha para todos os usos

1. Misturar a manteiga com o açúcar.
2. Adicionar o ovo à mistura.
3. Adicionar a farinha; quando a massa estiver formada, deve moldar-se em forma de disco achatado, envolver em papel aderente e refrigerar 30min antes de estender.
4. Depois de estender sobre a forma de tarte, refrigerar durante 20 min.
5. Cozer "em blind" durante 15 min a 190ºC, seguidos de outros 5 min, sem os feijões.

Para o recheio:
2 ovos
4 gemas
180 g açúcar para bolos
200 mL natas
Sumo de 2 limões

1. Bater os ovos, as gemas e o açúcar.
2. Juntar as natas.
3. Adicionar o sumo de limão através de um coador.
4. Encher a base com o recheio.
5. Cozer 50-60 min a 110ºC, até que o recheio esteja quase sólido.
Opcional: polvilhar com açúcar em pó e queimar.

Charaaaaaaaan!


Embora com um atraso enorme, este post é para a Sarinha. :)

Wednesday, November 12, 2008

No dia de S. Martinho...

... vai à adega e prova o vinho.

Embora não se tenha provado vinho, não podia deixar passar a data sem umas castanhas assadas, coisa que eu adoro. As castanhas estão definitivamente entre as melhores coisas do Outono.

Tuesday, November 11, 2008

Bruno Aleixo está de volta!

Com uma cara literalmente nova, este ser (à falta de melhor classiicação) tem agora uma programa de TV. Continua estranho e estranhamente bom.

Ainda tentei deixar o vídeo embeded, mas é daqueles que começa assim que se entra na página, o que é absolutamente insuportável. Por isso, para ver, é seguir por aqui.

Saturday, November 08, 2008

Novela na Santa Casa, by Cathie Levy

Novela na Santa Casa - The Promise of Happiness é um filme de esperança. Conta-nos como é a vida na 38ª enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, o serviço de cirurgia plástica reparadora dirigido pelo famoso Dr. Ivo Pitanguy.

Segundo o site, este serviço "tem como objetivo principal atender, de forma altruística, a população menos favorecida do Rio de Janeiro, de outros estados e do exterior, que apresentam deformidades de origem congênita, adquirida ou traumática." Para se auto-financiar, o serviço faz cirurgias puramente estéticas, que são pagas, mas, segundo creio, são mais baratas do que seria numa outra clínica privada. Mas não é só uma questão de poder pagar, há que conseguir ser admitido como um caso cirúrgico pelo serviço. A possibilidade de ser operado pelo melhor, vale o esforço. Eu não sei muito de cirurgia estética, mas, ao que parece, o Dr Pitanguy é mesmo a "crème de la crème"; vêm médicos de todo mundo para trabalhar no serviço dele.

Assim, as mulheres, sobretudo mulheres, esperam em longas filas por esta oportunidade. Há-as de todos os tipos: novas, menos novas, altas, menos altas, bonitas, menos bonitas, magras, menos magras, com mais ou menos dinheiro. Muitas vêem-se antes como velhas, menos velhas, baixas, menos baixas, feias, menos feias, gordas ou menos gordas. Algumas vêm retocar detalhes, outras tirar partes "que não lhes pertencem". Não se pode ser relaxado, sobretudo quando se é mulher. Ninguém quer uma mulher relaxada, muito menos ela própria. A maioria espera não só livrar-se do lhes pesa no corpo, como também daquilo que lhes pesa na alma. A cirurgia é uma nova oportunidade de recomeçar.

Não sabemos se recomeçaram ou não, se a cirurgia correspondeu às expectativas e lhes trouxe tudo o que esperavam. O filme mostra o antes, as filas, a preparação, as dietas, os exames, a véspera. O depois é só delas. Mas a esperança delas era tanta, que eu também espero sinceramente que sim.

Friday, November 07, 2008

Gonzo: The Life and Work of Dr. Hunter S. Thompson, by Alex Gibney

Há que dizê-lo com toda a sinceridade. Eu não sabia ao que ia.

Esta escolha foi da tua inteira responsabilidade. Se eu já suspeitava do teu enoooorme bom gosto, este filme foi mais uma confirmação.

Foi absolutamente brutal. Até arriscaria brutalíssimo, que provavelmente não se diz.

Embora discorde radicalmente da posição liberal que Hunter Thompson tinha sobre as armas e ache que tamanho consumo de drogas é capaz de começar a corroer o cérebro, é impossível não achar que este tipo era nitidamente um génio. Um génio louco, mas um génio. Adorei o rumor sobre o Ibogaine effect, que Hunter admitiu ter iniciado. E é algo impressionante (e triste) que coisas que ele escreveu há 30 e tal anos sobre Nixon façam um estranho sentido perante os dias do ex-presidente Bush.

Há uns dois ou três filmes anteriores sobre Thompson, que ficaram na minha lista de filmes a ver. E as ilustrações de Ralph Steadman, o seu parceiro "no crime", também ficaram nos Bookmarks.

Tenho pena que o segundo mandato de Bush tenha sido demais. Gostaria de ler o que teria a dizer sobre esta campanha.

Thursday, November 06, 2008

Must Read After My Death, by Morgan Dews

Entre os filmes que vimos, foi o único que ganhou um prémio, o Prémio Odisseia para melhor primeira obra.

E é de facto uma primeira obra muito interessante. O realizador, Morgan Dews, conta a história de uns anos turbulentos entre a sua família, passados por volta dos anos 60, ainda antes dele ter nascido. Por sua família, entenda-se avós maternos, Allys e Charlie, e respectivos filhos, i.e. a sua mãe e os seus tios. Nessa altura, os membros da família tiveram sessões de terapia individual ou em grupo, muitas das quais foram gravadas e guardadas durante anos pela sua avó. Além das sessões de terapia, havia diários gravados, cartas em Dictaphone e transcrições de muitas das gravações. Quando ela morreu em 2001, Morgan herdou todos os vídeos que havia lá em casa e dos vídeos chegou ao resto. Foi a descoberta de toda esta história familiar que o levou a fazer o filme, aliado ao desejo de dar finalmente a oportunidade à sua avó de contar esta história.

Muitos dos problemas familiares estavam relacionados com a dificuldade da sua avó se adaptar ao papel de mãe e dona de casa que era socialmente esperado dela ou, por outro lado, com a dificuldade do seu avô entender que a sua mulher era uma pessoa. No filme, a verdadeira história é-nos contada através das gravações, enquanto que as imagens mostram fotografias e vídeos da mesma altura da típica all-american family feliz e sorridente. As cores esbatidas e granuladas das imagens e o som metalizado e entremeado de ruídos dão-lhe o ar nostálgico que vejo nas fotos antigas nas paredes das velhas casas de família. Eu, que gosto de histórias, gostei de ouvir esta.

Tu luque ete a treila, clique rire.

Wednesday, November 05, 2008

Tuesday, November 04, 2008

The day

I hope that America can make a wise choice today. It's about time.

Saturday, October 25, 2008

PS quê?

Uma pequena interrupção nos filmes do Doc.



Retirado daqui, antes da mudança.

Friday, October 24, 2008

A resposta (adequada?)

Em resposta à sugestão da Eva, cá ficam os meus 7 factos:

1. Sou dada ao síndrome do ouriço-cacheiro.

2. Apesar de existir há dois anos, não há muitas pessoas que saibam deste blog. A grande razão é que disse a muito pouca gente que ele existia. Ao início, não disse mesmo a ninguém. (Só a ti, mas isso não conta.) Ainda assim, houve quem viesse cá parar. Isso deixou-me um bocado assustada e, consequentemente, tornei-o privado durante uns 30 min (assustada, mas não muito?). Mas durante muito tempo retirei, ou pedi para retirar, todos os links que viessem cá dar. Hoje, nitidamente em recuperação, já não me incomodo (e até gosto) com as (das) visitas, mas ainda fico sem jeito a falar do assunto sem ser por via electrónica.

3. Preciso de férias. Dava-me jeito uns dois meses a vaguear pelo mundo, mas um fim de semana mais crescido já me chega. Gosto de planear as férias e se não levar a máquina fotográfica quase nem contam.

4. Volto atrás para confirmar se tranquei o carro, se fechei a porta, se desliguei o ferro, o fogão, etc., etc.. Preparo-me sempre para o pior, mas guardo normalmente uma pequena réstia de esperança no melhor. Sou muito ponderada, mas as decisões grandes e importantes são normalmente mais emocionais do que racionais. Por outras palavras, não bato totalmente bem.

5. Tenho genericamente os pés frios, menos quando acordo. Deve ser por isso, que durmo melhor de manhã do que à noite, embora, em teoria, goste muito mais de trabalhar de manhã do que à noite. Na prática, o contrário é frequente.

6. Tenho saudades de comer falafel e húmus. Onde é que se arranja isto em Lisboa?

7. Quebro invariavelmente as cadeias. Devo estar carregada de energia negativa em castigo de todas as mensagens que não reenviei. Para manter a consistência, fico por aqui.

PS: Como um ouriço-chacheiro que se preze, um post destes dá-me um estímulo adicional para escrever o próximo para que este saia do topo da página.

Wednesday, October 22, 2008

Z32, by Avi Mograbi

Se um soldado mata um "inimigo" é um assassino? Se ele gostou dessa sensação de ter morto o "inimigo" é um assassino? E se o "inimigo" não estivesse armado? E se o "inimigo" não tivesse feito mal nenhum, a não ser "ser inimigo"? E se fosse a tal morte ocurresse numa operação de "vingança", cuidadosamente planeada? Quando é que passa a ser um assassínio? Independentemente de ser ou não um assassínio, pode perdoar-se-lhe?

Escusado será dizer que não sei. Mas mesmo não sabendo bem a resposta, acho melhor que se façam perguntas do que fiquem esquecidas ou ignoradas.

Em Z32, um soldado israelita conta como a sua unidade matou dois polícias palestinianos numa missão de vingança. Seis israelitas tinham sido mortos no dia anterior num posto de controlo e houve uma ordem para que, em retaliação, se atacassem uns postos palestinianos e se matasse os palestianos que lá estivessem. No posto do qual a sua unidade estava encarregue, conseguiram matar dois homens, que depois constataram que estavam desarmados. Ele conta que, na altura, gostou. Agora vê o episódio de um modo diferente, mas, na altura, gostou.

Durante o filme, a história é repetida vezes sem conta, com mais ou menos pormenor. Tive a sensação que a ideia era experimentar se ela faria mais sentido ou deixaria de nos incomodar, se a ouvíssemos repetidamente. Algumas vezes, era o dito soldado que a contava. Contava à namorada, tentando explicar-lhe (o inexplicável?) o que se passou, ou contava-a directamente para a câmara, numa pose de testemunho, na sala do realizador, ou contava-a no local onde a tal operação se passou. Outras vezes, o soldado pedia à namorada que contasse ela, que ela contasse como se fosse ele. Ela fazia um esforço, mas sofria do mesmo que as pessoas que nunca foram à guerra. É difícil compreender. No meio disto, há interrupções musicais surreais, em que o realizador reflecte sobre este assunto, numa sala repleta de um número manifestamente exagerado de músicos para o espaço disponível.

De um ponto de vista macroscópico, eu admito que algumas guerras possam sentido. Para que isso aconteça, é necessário que haja um "nós" e "eles" muito bem definido. É preciso seja bem claro quem são os bons, nós, inevitavelmente, e os maus, eles, o inimigo. Se para admitir o sentido da guerra, é preciso admitir que "todos eles" são o "inimigo", essa noção é ainda mais necessária para os que vão combater. No treino para combate, é absolutamente essencial definir o inimigo e desumanizá-lo totalmente. Depois, períodos de treino intenso, intercalados por períodos de inactividade, privação do sono, mudanças contínuas de locais e outras coisas mais farão o necessário para se entrar no espírito. Se o inimigo fosse humano, não seria necessário um estômago muito mais forte para "entrar no espírito", como, em última análise, a guerra perderia inevitavelmente sentido.

E quando a guerra acaba? As pessoas que voltam da guerra não são as mesmas que foram para a guerra, mas também não são as mesmas que foram durante a guerra. Há que lidar com todas as imagens e todos os actos pelos quais se passou; há que lidar com quem ficou; há que lidar com quem não foi e tem uma opinião.

Muitos de nós, eu incluída, temos uma imagem crítica do exército israelita. A dimensão brutal das suas respostas aos ataques dos seus vizinhos tornam a sua causa pouco simpática. Discordando da política militar, que atitude ter perante os indivíduos que fazem parte do exército? Será que são eles os "maus"? E já eram antes, ou ficaram durante? E ficarão para sempre?

Gostei muito deste filme. É pertinente e é mostrado de uma maneira meia louca, que achei muito boa. Fez-me lembrar, de algum modo, o War Tapes, de Deborah Scranton, sobre soldados americanos no Iraque e o livro The Welsh Girl, de Peter Ho Davies, sobre um prisioneiro de guerra alemão num campo no País de Gales, após a segunda guerra mundial.

Sunday, October 19, 2008

Aka Ana, by Antoine d'Agata

Perante uma sala esgotada do cinema Londres, a organização informou-nos, conforme requerido por lei, que o filme que iríamos ver era pornográfico. Parece-me que a notícia foi recebida pela audiência num misto de surpresa e apreensão. Sendo um filme cotado para M18, eu esperava imagens explícitas. Mas acho que não estava à espera nem de tantas, nem tão explícitas.

As pessoas que estavam sentadas nos corredores foram começando a sair. Saíram mesmo algumas do meio das filas apertadas da sala 1.

Eu não gostei do filme. Reconheço que pelo meio havia imagens que eu achei bonitas de um ponto de vista puramente estético, na linha de algum do trabalho fotográfico do autor. Mas algumas imagens interessantes no meio de uma hora de filme não chegaram para mim. Os supostos testemunhos de prostitutas eram na sua maioria um desfiar de frases soltas, sem grande sentido, que ouvíamos numa voz frágil e delicodoce, entremeada pelos gemidos das imagens que passavam no écran, grandes planos de rabos, de outras partes do corpo ou de malta a injectar-se. Se o filme tivesse 15 min, talvez fosse apenas inquietante, assim tornou-se aborrecido.

No final da sala, sentia-se o desconforto no ar. Talvez tenha sido essa a intenção do realizador. Resultou.

Damages, by Thomas Balmès

Quanto vale uma vida? Pergunte a quem sabe.

Em contraste com o drama de algumas das situações relatadas, assiste-se a este filme meio estupefacto e incrédulo. Será que isto é mesmo assim?

Por uma percentagem de 33%, estes advogados conseguem indemnizações milionárias para os seus clientes com queixas de más práticas ou de negligência médica. Alegam danos como perda de usufruto da vida, perda de consórcio, entre outros, e conseguem quantificá-los a todos, em dólares. São sobretudo pragmáticos.

A ver. Sem dúvida.

Saturday, October 18, 2008

Hold Me Tight, Let Me Go de Kim Longinotto

Não há entrevistas directas, nem juízos, nem partidos, há apenas uma câmara a filmar o que se passa. Somos convidados a interpretar as imagens como quisermos, a darmos-lhes o sentido que bem entendermos. O papel do realizador aqui foi apenas dar-nos a conhecer episódios de algumas vidas que de outro modo não teríamos acesso. Vê-se com um aperto no estômago e um nó na garganta do princípio ao fim. Muitas vezes, através de um olhar embaciado. No final, uma rapariga de um grupo de adolescentes soluçava no ombro da senhora que os acompanhava (talvez uma professora). O filme mereceu-o. Era imensamente perturbador.

Hold Me Tight, Let Me Go mostra o dia a dia das 40 crianças que vivem na Mulberry Bush School, em Oxfordshire, Inglaterra. É uma escola de fim de linha, para onde as crianças vão quando não há espaço para elas noutro lado. Vêm de famílias disfuncionais, muitos sofreram traumas emocionais graves e foram repetidamente expulsas de várias escolas devido ao seu comportamento. O trabalho dos 108 funcionários é dar-lhes ferramentas que lhes permitam integrar-se de novo nas famílias ou numa escola aberta. Não é um trabalho fácil.

O filme foca-se sobretudo em cinco rapazes: Alex, Ben, Robert, Charlie e Mike; se bem me lembro, todos com 8 anos, à excepção de Mike, com 12. Quase nenhum tem contacto com o pai; a mãe de Alex não sabe bem onde está o pai dele, a de Ben esfaqueou-o, Charlie descobre que o pai morreu durante o curso do documentário, o de Mike não é mencionado e o de Robert admite que não gosta muito deste filho. As mães foram-no provavelmente demasiado cedo e alternam entre o extremoso quando eles estão calmos, com o "tirem-me deste filme", quando eles têm um ataque de fúria ou começam a ficar mais agitados.

A certa altura, alguém diz no filme que por muito mal que os pais os tratem, todos estes miúdos procuram a sua atenção e querem ser aceites por eles. A aceitação dos pais define-os. A rejeição deixa-os à deriva. Por isso, os mesmos miúdos que vemos completamente descontrolados em algumas cenas, a pontapear, insultar e cuspir em que qualquer pessoa que esteja à frente, transformam-se em pequenos anjos nos dias de visitas dos pais. É um equilíbrio instável e periclitante, que se pode desfazer de um momento para o outro, o que está muito bem resumido no título do filme. A ideia é que o tempo que passam nesta escola (cerca de três anos, no máximo, creio eu) lhes permita controlar melhor a fúria que os consome e que, de algum modo, se possam reconstruir com uma imagem mais positiva deles próprios.

Creio que seria positivo que os pais deles fossem também a uma escola durante o tempo que as crianças estão lá, porque é verdadeiramente difícil lidar com crianças tão zangadas. Será, com certeza, necessário muito treino e auto-controle para não perder a calma; os adultos da escola estão treinados para agarrar as crianças até que elas se acalmem e creio que nenhum deles levantou a voz em algum momento do filme.

Em pelo menos dois momentos do filme, há miúdos que falam em matar pessoas ("um dia, vou-te matar" ou, numa brincadeira, "estávamos no MacDonalds a matar pessoas"). Interrogo-me sobre o que acontecerá às crianças depois de sairem dali, sobre o que lhes reserva o seu futuro. A sua instabilidade emocional causa-lhes grandes problemas de aprendizagem. Não são pouco inteligentes, nada disso, mas têm uma capacidade de concentração muito reduzida. Além disso, não sei se as famílias lhes conseguem dar a estabilidade que eles precisam, a sensação de que têm alguém todos os dias, que gosta deles e lhes dá atenção devida, mesmo sem eles terem que partir nada. Por último, não consigo deixar de pensar que, se ali estão 40, onde estarão todos os outros?

Foi o nosso primeiro filme do DOC 2008 e acho que começou com chave de ouro.

Thursday, October 16, 2008

Um dia, de novo

Gosto de recordar aquele dia. Gosto de passar os dedos e os olhos pelas fotos. Fazê-lo deixa-me de coração quentinho e sorriso nos lábios.

Por vezes, até me apetece repeti-lo todo do princípio ao fim. Não para o mudar ou reescrever a sua história, mas simplesmente porque foi um bom dia. É claro que se não tivesse sido seguido por uma série de outros dias bons, aquele dia seria provavelmente um dia mau, ou pelo menos, menos bom. Parece-me que são todos os outros dias que o fazem especial, mas, ainda assim, era aquele que eu repetiria.

Acordaria de novo demasiado cedo para uma manhã de Sábado, e meia a dormir, iria de novo ao cabeleireiro, onde depois de algum puxar e repuxar de cabelos, sairia cravada de ganchos (mas nitidamente espectacular! ;) ). Rir-me-ia (talvez nervosamente) outra vez com as mensagens dos amigos que perguntavam se era mesmo para ir ou se dava para atrasar um bocado. Iria depois até casa da minha avó onde lhe daria uns abraços apertados de saudades e mudaria para uma roupita mais compostinha. Um salto até casa para buscar a família e depois lá me encontraria contigo e com todos os outros, como combinado, mesmo sem luz, cadeiras ou som, porque alguém não se lembrou que dia era aquele. Diria que sim outra vez. Partilharia de novo o bolo com o Beso com todos. Comeríamos queijo de Azeitão. Haveria risos e sorrisos, abraços, girassóis e o melhor set de café do mundo. Tiraríamos fotos a olhar para a direita, para a esquerda ou para onde nos apetecesse.

Era isto, basicamente, juntaria todos de novo, os que estavam e já não estão e os que não estiveram por algum motivo e assinaria de novo a nossa folha em branco.

Friday, October 10, 2008

Espectacular

Eu já achava que a desculpa de que "somos contra, porque não está no programa do Governo" era um bocado esfarrapada, mas ao que consta tudo isto faz ainda menos sentido. Ou então sou eu que sou implicativa.

A disciplina de voto imposta pelo PS sobre o casamento entre homossexuais não fez qualquer tipo de sentido. Pelo menos, para um protoneuroniozito como o meu. Mas parece-me com ainda menos sentido emitir uma declaração de voto a favor e votar contra. Mas, mais uma vez, isso serei eu. O zef, que também ficou confuso com isto, fez um desenho muito esclarecedor para os deputados que se levantaram na altura errada.

Além do chumbo no hemiciclo, confesso que me faz sempre alguma confusão a oposição popular a este tipo de leis. Aqui, não se obriga ninguém a casar, não se obriga ninguém a ser homossexual, apenas se permite que pessoas que querem casar com outra do mesmo sexo o façam. Por isso, não percebo qual é o problema que a malta tem com as opções dos outros. Sobretudo quando essas opções não os afectam em absolutamente nada. Por mais que me esforce não consigo pensar nas razões que possam levar alguém a ser contra. Será por causa dos filhos? Mas quando um casal heterossexual se casa, ninguém lhes pergunta se querem ou não ter filhos; apesar de muitos os terem, há outros que não querem ter e que não têm. E ainda assim se podem casar.

Ainda não sei bem em quem vou votar nas próximas eleições. Inspirada por esta grande demonstração de coragem política dos deputados do PS (excepção feita a Manuel Alegre), se decidir apoiar o seu partido, sou bem capaz de votar na oposição.

DocLisboa 2008

It's that time of the year again! Hurrahh!

Durante 10 dias (16-26 Outubro), Lisboa vai ter à sua disposição uma abundante selecção de documentários. Os bilhetes já estão à venda e o programa encontra-se aqui. Se bem que este ano a crise está para ficar e que os bilhetes estejam mais caros, é bem possível que esgotem. Por isso, o meu conselho de amiga é que os comprem quanto antes. Mais informação disponível na página oficial.

A minha experiência de Doc é muito recente; só assisti a alguns da edição do ano passado. No entanto, fiquei tão bem impressionada com os filmes que vi, que aguardava com ansiedade a divulgação do programa deste ano. Uma vez lido e relido, o grande problema foi mesmo escolher quais os docs a ver. Por isso, acabámos por fazer uma escolha bastante alargada e vamos assistir a uma verdadeira maratona de docs durante estes dias. As minhas expectativas são elevadas (espero que não demasiado). Depois informo-vos se foram ou não correspondidas.

Tuesday, October 07, 2008

Zé Carlos

Os Gatos estão de volta. Ainda bem!

O arquivo da SIC poderá não ser tão rico como o da RTP, mas, pela primeira amostra, também tem alguns tesourinhos.

Monday, October 06, 2008

Fey strikes again

Parece-me que até ao próximo dia 5 de Novembro ainda vamos ver mais uns destes vídeos. Tal como os anteriores, muito, mas mesmo muito, bom.

Saturday, October 04, 2008

Spread the story. Stop the disease.

Será um cliché dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas, apesar de cliché, não deixa de ser verdade.

O fotojornalista James Nachtwey ganhou um TED Prize em 2007. Nessa altura, o seu desejo para mudar o mundo foi usar as suas fotos para contar uma história verdadeiramente importante, de tal modo que fosse possível mobilizar gente suficiente para apoiar essa causa. A história que ele escolheu contar é a da tuberculose extremamente resistente (não ponho as mãos no fogo pela minha tradução, mas em inglês é extremely drug-resistant TB, XDRTB). Para isso, durante um ano, andou a fotografar "hospitais" em países onde esta doença é particularmente alarmante.

O slideshow disponível aqui mostra algumas dessas fotos. Elas terão certamente mais efeito do que qualquer coisa que eu possa dizer.



Para apoiar esta campanha, podem muito simplesmente ir aqui, assinar a petição para os líderes do G8 incluírem a XDRTB na agenda de trabalhos da reunião de 2009 e publicar este slideshow nos vossos blogues ou perfis de redes sociais. encontrarão ainda mais informação sobre esta campanha e outras formas de a apoiar.
Obrigada.

Fey-Palin

Desculpem lá estar a insistir nisto, mas estou mesmo rendida à Palin da Tina Fey. Só a esta. Que fique bem claro.

Thursday, October 02, 2008

Partido de esquerda?

Talvez tenha sido em tempos. Nos dias que correm, não parece.

Tuesday, September 30, 2008

Big Brother is watching us

Não sei bem se é assim tão aleatório como sugere a notícia, nem quantas pessoas vêm o conteúdo dos seus computadores pessoais copiado para uma base de dados gigantes, mas, a ser verdade, é inaceitável. Mais um dos actos inaceitáveis desta Administração.

Friday, September 26, 2008

Thursday, September 25, 2008

Wednesday, September 24, 2008

Tina Fey rules!

Eu não tinha dito que ela era demais?

30 rock voltou a ganhar mais uns Emmy e desta vez até Tina Fey ganhou como actriz de comédia. A RTP faz o sumário da noite aqui.

Ainda sobre TF, parece que a Sarah Palin que ela fez no SNL deu que falar (video abaixo). Sabe-se lá porquê... Parecem gémeas separadas à nascença. Por falar em nascença, não consegui deixar de ficar impressionada com o facto de não se notar no vídeo a barriga gravidíssima de Amy Poehler (Hillary).

Friday, September 19, 2008

Produtividade em ciclo vicioso

Acho que esta semana bati recordes pessoais de menor produtividade possível. Isso irrita-me, o que me torna menos produtiva ainda.

Thursday, September 18, 2008

Altos e baixos

Quando o preço do petróleo subia sem fim à vista, foi amplamente publicitado que as pobres das petrolíferas estavam de mãos atadas e tinham que subir os preços. A matéria prima subia de preço e a solução era passar esse custo adicional para o consumidor.

Foi também dito várias vezes que o lag entre a compra de crude e a sua venda ao consumidor final era aproximadamente de três meses. No entanto, a variação do preço do crude reflectia-se muito mais rapidamente do que isso nos preços finais. Pelo menos, enquanto a tendência era de subida. Agora, que está em queda, não há a mesma celeridade. Isto revela uma profunda falta de respeito por nós, os consumidores.

É certo que, por ora, estes senhores até farão o que bem entenderem visto que não temos alternativas. Mas muita atenção ao "por ora". Se este pico de preços teve algo de bom, foi ter aberto horizontes de políticos, investidores e consumidores e criado verdadeiro interesse no desenvolvimento de alternativas. Assim que elas aparecerem, e creio que não demorarão tanto tempo como isso, as petrolíferas verão o retorno da falta de respeito com que nos tratam. Até lá, talvez fosse bom a Autoridade da Concorrência fazer qualquer coisa...

Tuesday, September 16, 2008

Mitos

Até pode ser que as colinas sejam um mito, mas que as há, há!

Monday, September 15, 2008

Mais extraordinários

É certo que a visibilidade e o tempo de antena são mais reduzidos do que nos Jogos Olímpicos, mas é preciso dizer em alto e bom som que estes atletas não são menos extraordinários.

Sunday, September 14, 2008

Lovely Bones, by Alice Sebold

Em linha com o autobiográfico Lucky, Lovely Bones, embora seja ficção, começa com um acontecimento violento, a violação e o homicídio de Susie Salmon, uma adolescente de 14 anos que vive num típico subúrbio americano.

É a própria Susie que nos conta a história, do alto do seu "Céu", de onde vai observando o desenrolar das vidas dos membros da sua família.
Não sei bem o que esperava do livro, se é que esperava algo, mas no final ficou-me alguma desilusão. Acho que gostei muito mais do "Céu" de "The Five People You Meet in Heaven".
Veremos como será o filme.

Saturday, September 13, 2008

Mathew Shardlake, by C. J. Sansom

Durante este tempo, a minha capacidade de concentração andou pelas ruas da amargura. Para descansar de ler e de escrever, ler mais talvez não seja a coisa mais relaxante. Mas não ter um livro na mesinha de cabeceira, mesmo que seja só para ler uma página por noite, é-me difícil. Decidi então que o precisava era de ler algo que não requeresse grande capacidade de concentração, mas ainda assim que me distraísse. Foi assim que peguei no primeiro livro da série Mathew Shardlake, de C.J.Sansom (Dissolution). E desse passei para o segundo (Dark Fire) e o terceiro (Sovereign).

Estes livros são romances históricos a atravessar para o policial em que o herói, Mathew Shardlake, desvenda crimes, escapa aos vilões e, quando pode, dá uma ajuda a quem precisa. Ideal para não pensar muito, portanto. A acção passa-se em Inglaterra, no reinado de Henrique VIII e por detrás das intrigas que rodeiam Shardlake, é-nos relatada a complexa sucessão de mulheres do monarca e outros episódios da vida de Inglaterra na altura. Fiquei a perceber que tenho grandes lacunas na história de outros países europeus.

Apesar de não convidarem à reflexão sobre o sentido da vida ou outros temas, igualmente profundos, tenho a dizer que se lêem bastante bem, mas sobretudo que melhoram consecutivamente. Se achei o primeiro demasiado parecido com O Nome da Rosa, em versão pop, os outros são mais complexos e mostram-nos um Mathew mais cinzento do que a preto e branco.

Sendo assim, acho que vou trazer o quarto (Revelation) na bagagem quando voltar a pôr os pés no UK.

Friday, September 12, 2008

Thursday, September 11, 2008

Remembrance II

Não teve a mesma cobertura de outros anos. Mas é sempre arrepiante rever a imagem das torres a cair, das pessoas a saltar.

Apesar de ninguém querer ficar agarrado aos momentos terríveis do passado, é importante que a nossa memória colectiva não seja curta.

Wednesday, September 10, 2008

Novelas

Parece que esta novela ainda está para durar.

Tuesday, September 09, 2008

Ele voltou mesmo!

Era só para partilhar a minha alegria: José Manuel está mesmo de volta à meteorologia da RTP; perdeu o laço, mas continua com o estilo característico que me deixa bem disposta logo pela fresca. Vídeo aqui.

Monday, September 08, 2008

Dúvidas

Não consigo deixar de me perguntar se a oferta de um CD terá mesmo alguma influência sobre a escolha de um banco.

Sunday, September 07, 2008

Hug a developer today!

Uma pergunta, caro leitor: Já abraçou um developer hoje?

(Eu já.)



PS: Gostei muito de conhecer a Emily, mas tive a pontos de apagar o post, porque já não podia ouvir o vídeo a iniciar quando entrava aqui. É com alegria que assinalo a sua saída da primeira página.

Saturday, September 06, 2008

Situações drásticas exigem soluções drásticas

Como podem ver pelo PS do post acima, eu pensava que era suficiente para a arrumar de vez daqui para fora, mas ela é matreira e não se foi embora às primeiras. Por isso, este post serve para ocupar espaço e fazer com o post dela saia desta página.

É caso para dizer:

PORQUE NO TE CALLAS?

Mesmo assim tive que andar a escrever posts no futuro para que ela desaparecesse.

Friday, September 05, 2008

Nem era preciso tanto

Mesmo que a estratégia não fosse grande coisa, a simples existência de comunicação era capaz de ajudar.

Thursday, September 04, 2008

2 min de alegria à distância de um click II

Um amigo (de óptimo gosto, como poderão constatar) escreveu outro dia um post com um link para esta curta. No meio do stresse, demorei alguns (bastantes) dias a vê-la, mas desde aí, revejo-a diariamente. Faz-me sempre sorrir de tão linda.



Links úteis:
Blog de bom gosto que me mandou para aqui.
Blog do autor.
Site da produtora.
Letra da canção.

Friday, August 29, 2008

Trying drugs

Nunca pensei incentivar à experimentação de drogas, mas se sentem curiosidade, sigam por aqui.

Wednesday, August 27, 2008

Meteo

Chama-se José Manuel da Costa Teso e é um dos meteorologistas do Bom Dia Portugal. Já não o via há uns tempos no programa (enquanto tomo o pequeno-almoço) e temi que tivesse saído. Ontem, apareceu de novo e ainda bem!
Este senhor tem uma maneira única de nos informar sobre a previsão do estado do tempo. E vê-lo pela manhã, dizendo como vai estar o dia na bela cidade de Padre António Vieira, deixa-me logo muito mais bem disposta. Até mesmo nos dias de chuva.

PS: A RTP não facilita muito a divulgação dos seus vídeos e não consigo inserir um link directo para um vídeo dele. Mas se tiverem um bocadinho de paciência, sigam por aqui, vão à página 5 do arquivo e têm um exemplo do que vos digo no vídeo do dia 12.06.2008.

PS1: Eu não tinha visto a meteorologia neste dia, mas agora que o vi até ao fim, parece-me que o José Manuel afinal saiu mesmo. Será que voltou? Espero bem que sim.

Tuesday, August 26, 2008

My Sour Sally

Probably the best frozen yogurt website ever made.

Monday, August 25, 2008

Down memory lane

Lembro-me de ter visto naquele dia as imagens do incêndio na televisão. Como provavelmente a grande parte das crianças que não viviam em Lisboa, nessa altura, o Chiado não me dizia muito. Rever hoje as imagens e ver completamente destruídas aquelas ruas que me são hoje tão familiares é algo perturbador. Não consigo sequer conceber como terá sido para as pessoas que ali viviam e trabalhavam.

Sunday, August 24, 2008

Meeting Emily

Impressionante.



Mais info sobre The Emily Project and Image Metrics.

Thursday, August 21, 2008

O nosso menino é de ouro

Apesar de ser novo (24 anos), chamar menino a este homem feito é nitidamente um exagero, mas o "O nosso homem feito é de ouro" não soava grande coisa.

Ele tinha dito que a melhor estratégia era saltar para o infinito. E a verdade é que foi mesmo. Muitos parabéns e obrigada, Nelson!



Não posso deixar de dizer que, além de saltar muito bem, ser o campeão do mundo e o campeão olímpico de triplo salto e essas coisas, este moço é um verdadeiro deleite para os olhos. É certo que muitos atletas são musculados e tudo mais, mas não são assim tantos os que ficam verdadeiramente demais num fato coleante. Ele fica; é impressionantemente escultural.

Wednesday, August 20, 2008

Tuesday, August 19, 2008

The bright side

Afinal nem sempre é mau ter pernas curtas. É certo que impossibilita o uso de mini saia, mas, neste caso, parece que isso não é um problema.

Monday, August 18, 2008

Extraordinária, de facto

Aproveito um intervalo nas proteínas para dizer o que todos sabemos: que a Vanessa é grande! E com muito tempo para ficar ainda maior!

Foto retirada daqui.


E já agora, uma breve nota... Os atletas portugueses têm sido alvo de muitas críticas, alguns pelas prestações, outros pelos comentários. Quanto às prestações, se bem que eu estou longe de ser capaz de julgar quão bons eles são, parece-me que alguns estiveram bem e outros ficaram claramente aquém dos objectivos a que se tinham proposto. Em qualquer dos casos, parece-me que o papel mais difícil é sempre o deles... Eles têm que lidar com as suas próprias expectativas e com as de todos nós, é deles todo o esforço e certamente que, perante resultados menos bons ou maus, a maior frustração é deles também. Quantos aos comentários, alguns dos divulgados pela imprensa foram de facto infelizes e deveriam ser evitados. Falar com jornalistas não é fácil, mas é preciso que haja alguma preparação dos atletas para tal. Mas pior do que os comentários dos atletas é a chuva de comentários mesquinhos e cruéis dos chicos-espertos que já sabiam que ia ser assim...

Wednesday, August 13, 2008

I love Birkenstock

Desculpem a publicidade... Fiquem certos de que não ganho comissões, nem tenho nenhuma sapataria. Estou é simplesmente rendida às minhas Birkenstock.

Desde que os meus pés calçaram umas, até esqueci todos os problemas de usar sandálias que mostrem os dedos. É que são absolutamente fantásticas, das coisas mais confortáveis que se pode calçar.

E os meus pés, que têm andado felizes e livres nas suas Birkenstock desde há muitas semanas, sentiram-se oprimidos pelos sapatos fechados na passada segunda-feira.

Saturday, August 09, 2008

Volto em breve

Voltem também!

Monday, August 04, 2008

Cartas a uma ditadura, de Inês de Medeiros

No 40º aniversário do dia em que Salazar caiu da cadeira, passou na RTP2 o documentário de Inês de Medeiros, Cartas a uma Ditadura.

Eu já tinha ouvido falar do filme e estava mortinha por vê-lo. Provavelmente porque acho algo poético o modo como surgiu, com a descoberta de cartas num alfarrabista de Lisboa, que não as tinha lido por pensar que eram cartas de amor.

As cartas eram afinal as respostas de várias mulheres a uma circular enviada pelo Movimento Nacional da Mulher Portuguesa que nunca chegou a ser encontrada. Procurar as remetentes daquelas cartas com 50 anos, encontradas por acaso, foi uma óptima ideia. Penso eu de que.

Friday, August 01, 2008

Eu também não

Creio que por esse mundo fora não faltarão pessoas que subscrevem a frase genial de Durão Barroso.

"O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, revelou ontem à noite vontade de continuar em funções, ao afirmar que "não trocava os problemas da Europa por os de outra região do Mundo"."

Retirado daqui.

De acordo

Diz um amigo que isto é muito bom. Eu não podia concordar mais.

Sunday, July 27, 2008

Sincelo ou A melhor gelataria do mundo

Este é um post que está pensado há muito tempo, mas que foi sendo sucessivamente adiado, à espera de que eu tivesse disponibilidade mental para o escrever. Ainda não a tenho, mas já estou farta de o adiar e, como tal, decidi que iria criar a tal disponibilidade. Além da pouco disponibilidade, a outra razão para os meus sucessivos adiamentos é puro e simples medo de não lhe fazer justiça. Não queria que ficassem com quaisquer dúvidas de que a Sincelo é, de facto, a melhor gelataria do mundo. Caso não fiquem convencidos, será provavelmente porque as minhas palavras não estiveram à altura e, assim sendo, dêem-lhe, pelo menos, o benefício da dúvida e vão até lá para comprovarem por vós próprios.

Para que não haja confusões, começarei por esclarecer que eu gosto particularmente de gelados. Gosto muuuuuuuuuuuuuuuuuuittttttttoooo e desde há muito tempo... desde que tenho memórias de mim que os gelados ocupam um lugar de destaque entre os meus doces preferidos. Quando era pequena, e os gelados eram algo muito mais sazonal do que são hoje, eram das coisas que eu mais gostava no Verão, a par das férias e da praia. Calcorreava a cidade (que não era grande, é certo, mas para as minhas pernas da altura, até parecia) para ir comer um cone com dois sabores. :) É certo que sempre tive grande abertura de espírito para experimentar gelados, mas os gelados de bola, das gelatarias, sempre exerceram sobre mim um fascínio particular.

Por isso, quando mudei para o Porto e conheci a Sincelo, tornei-me rapidamente uma cliente habitual. Dez anos depois, com uma quantidade apreciável de outras fontes de gelados pelo meio (a distância assim obriga), a Sincelo continua a ser a minha gelataria preferida e um dos sítios de paragem obrigatória no Porto.

Esta gelataria fica no centro do Porto, entre os Aliados e Cedofeita, mais exactamente na rua de Ceuta, do lado direito de quem sobe. Que não haja confusões: é mesmo uma gelataria, não um café, que aliás apenas se vende com natas (se bem que podem ser pedidas à parte).

Não está longe, mas também não está no meio de grandes circuitos comerciais. Com o tão polémico túnel de Ceuta, haverá agora menos gente a passar naquela rua e, por isso, talvez passe despercebida a muitos. Não que seja pequena; não sei quantos lugares sentados terá, mas há três espaços com mesas (entre 20 a 30 mesas, no total, palpito eu...).

Também não sei há quantos anos existe, mas há 10 anos já tinha um ar antigo. Antigo, mas não velho. Meio retro talvez, aquele look que está na moda, ou que, neste caso, volta a estar na moda. Apesar dos anos, tudo tem um aspecto impecável, cuidado e limpo. Os espelhos, os vidros, as bancadas têm um ar imaculado, que sempre me impressionou.

Claro que, mais importantes do que tudo isto, são os gelados. Da montra toda em vidro, vê-se uma arca vertical onde estão expostas as diversas taças da casa. Depois de experimentar umas quantas, acabei por me ficar pela taça Sincelo, com chocolate quente, chantilly, três bolas de gelado, pepitas de chocolate e bolacha (sorrio interiormente só de pensar...). Enorme, dirão alguns. Sim, é. Por isso, gosto de a partilhar e são raras as vezes que a pedi só com uma colher. Partilhar uma taça destas torna-a no perfeito tamanho individual. É que além de gostar de gelado, gosto de gostar, e tenho medo que um dia possa enjoar, pelo que evito, dentro do possível, comer gelado alarvemente. Partilhando um Sincelo, este acaba quando ainda poderíamos comer mais umas colheres, o que nos faz inevitavelmente regressar.

Nesta taça, os sabores que peço são normalmente avelã, Sincelo (sabor da casa, que é uma variante de chocolate meio "avelanado") e café, por esta ordem (eu sou muito exigente no que respeita à ordem dos sabores num gelado e sempre me irritou quando me servem gelados com os sabores em ordem inversa, mas, na Sincelo, isso nunca aconteceu). Com esta ordem, o café faz um contraste fantástico com o chantilly do topo, abrindo caminho à deliciosa mistura de chocolate e avelãs que está por baixo, à nossa espera... Nhaaaaaaaaaaam! Sincelo e avelã serão provavelmente os meus dois sabores preferidos, uma combinação óptima também para os Crepes com 2 Bolas. Entre os sabores de Inverno, amendoim ou noz também estão no meu top 10, ou ainda menta, caso peça um "Quente e Frio". Já no Verão, o caso muda de figura: cenoura e meloa são absolutamente geniais, imperdíveis. Não gosto muito de sabores de fruta misturados com chocolate quente (que existe em várias taças), mas ficam óptimos num copo ou para levar para casa.

Quando se pede uma taça na Sincelo, dão-nos um copo de água juntamente com o gelado. Parece que, nos primeiros anos, em vez de água, servia-se champagne. Lembro-me que, ao início, achava isto horrível, porque detestava beber água depois de comer gelado. De qualquer modo, os gostos também mudam e hoje o ritual da Sincelo não fica completo sem aquele toque final.

Por último, um apontamento mais prático, mas igualmente importante: ao contrário de muitas gelatarias, a Sincelo está aberta TODO O ANO (excepção feita ao Natal e alguns feriados relevantes), de terça a domingo, do meio dia à meia noite. Sim, ouviram bem: meia noite. Não há desculpas para não ir lá! Se forem, comam um gelado por mim...

Friday, July 25, 2008

Eu até nem queria, mas tem que ser...

Ia escrever um post com mais de 10 linhas... Já era tempo. No entanto, mostraram-me estes dois vídeos ontem e eu gostei tanto das ideias que estão na origem de cada um deles que não posso deixar de os partilhar.

What if there was no STOP? The development of STOP signs by a committee.




Font meeting

Tuesday, July 22, 2008

Isto deixa-me preocupada

Não pretendo questionar com este post a competência da PJ ou da PGR. Consigo perceber que apesar de terem sido alocadas pessoas e meios, não foi possível perceber de facto o que aconteceu. Consigo até perceber que a tarefa deles era particularmente difícil e que circos mediáticos não ajudam em grande coisa o seu trabalho.

De qualquer modo, não posso deixar de me questionar sobre a "facilidade" com que alguém se torna arguido em Portugal e até sobre a natureza e a necessidade de existência deste estatuto estranho. No caso mais mediático dos últimos tempos, o facto dos pais terem sido constituídos arguidos sem provas concretas do seu envolvimento não me parece muito inteligente. E faz-me pensar o que acontecerá nos outros casos, que não têm a atenção dos media como este teve.

Disponibilidade condicionada?

Disponível, a não ser que surja outra proposta mais interessante.

Monday, July 21, 2008

Cool, huh?



Brain Magic, by Keith Barry in TED

Thursday, July 17, 2008

Estão abertas as hostilidades!

No primeiro confronto, ganharam as melgas.

Wednesday, July 16, 2008

La flor más grande del mundo

Também descobri isto na exposição. Gosto muito.

Tuesday, July 15, 2008

A Consistência dos Sonhos

É o nome da exposição sobre José Saramago, organizada pela Fundación César Manrique. Está na Galeria D. Luis I, no Palácio Nacional da Ajuda, até ao próximo dia 27 de Julho. Uma vez lá, o resto do Palácio também merece uma visita. Eu fui até lá no passado dia dos Museus e diverti-me a brincar com os candeeiros. Aos domingos, até às 14h, a entrada (pelo menos no Palácio) é livre.

Friday, July 11, 2008

Contrastes: Entonces y Ahora

Está a decorrer no Cinema São Jorge um ciclo de cinema espanhol, promovido pela Embaixada de Espanha e o Instituto Cervantes. O programa e mais informação encontram-se aqui.

Esta iniciativa insere-se completamente no programa Lisboa em Xanatas. A entrada é livre; é só levantar os bilhetes a partir das 13h no dia da sessão.

Para a sessão de estreia, a sala estava bastante composta, apesar de me parecer que isto não foi muito divulgado. Esta coisa de haver sempre público em Lisboa, mesmo para as coisas que pensamos que pouca gente sabe é curiosa, mas bastante agradável. A sessão foi marcada por problemas técnicos, mas creio que entretanto já devem ter tido tempo de os resolver.

PS: Levem roupa fresca, que o cinema é quente e o ar condicionado tem um funcionamento algo estranho.

Thursday, July 10, 2008

A oportunidade de uma vida

Acho que alguém lhes devia explicar que as colocações não são por ordem de chegada.

(Não encontrei o vídeo da notícia isolado, por isso terá que ser mesmo assim. Começa pelas 8:50 - 4ª parte - relógio no canto inferior direito).

Update: Mais do mesmo aqui.

Wednesday, July 02, 2008

Importa-se de explicar melhor?

Diz esta notícia que Manuela Ferreira Leite, a nova(?) líder da oposição, disse na entrevista a Constança Cunha e Sá que Portugal está sem dinheiro para as obras públicas que o Governo tem anunciado. Talvez esteja, talvez não.

Mas não é essa a parte da notícia que eu achei verdadeiramente interessante. Um pouco mais abaixo, diz que MFL "não tem nada contra as ligações homossexuais, mas é contra os casamentos legais entre pessoas do mesmo sexo ("não se pode dar o mesmo estatuto")", o que é uma afirmação algo intrigante.

Eu não vi a entrevista e isto no contexto talvez fizesse algum sentido (embora não tenha a certeza de qual possa ter sido). Assim, faz-me lembrar o sketch dos Gato Fedorento sobre a posição de Marcelo Rebelo de Sousa quanto à lei do aborto.

MFL não tem nada contra as ligações homossexuais. Então, é a favor dos casamentos legais. Não.
MFL é contra os casamentos legais entre as pessoas do mesmo sexo. Então, é contra as ligações homossexuais. Também não.

Monday, June 23, 2008

Recipeblogging - Mousse de lima da Patrícia Furtado

Além de (web)designer, a Patrícia Furtado gosta de cozinhar. E tem online um livro de receitas de fazer crescer água na boca. E além das receitas me parecerem muito boas, adoro as fotos. Nota-se que ela sabe o que faz quando as tira. A composição, os acessórios (individuais, recipientes, colheres,...), as cores e, claro, a luz. Nada é ao acaso e o resultado é francamente bom.

No outro dia, decidi que era altura de experimentar algo e optei por esta deliciosa mousse de lima, com 3 ingredientes, que é ainda mais fácil do que o pudim do post anterior.

Embora as minhas fotos fiquem nitidamente aquém das da PF, aqui fica a minha experiência. O público lá de casa ficou satisfeito com o resultado, mas para alguns gostos, ficou um pouco doce de mais.



Por isso, da segunda vez que a fiz, tentei fazê-la ligeiramente menos doce. Para tal, optei por diluir a mistura, juntando mais leite (enchi a lata de leite evaporado com leite normal). De qualquer modo, não ficou grande coisa... Demasiado leitoso. Talvez precise de mais uma lima para compensar o novo leite. Em alternativa, para tentar fazer isto um pouquinho menos doce, pensei em adicionar leite (mas menos), adicionar água (menos tb) ou usar menos leite condensado (talvez seja o mais fácil, mas não me agrada ficar com um terço ou meia lata aberta no frigorífico). Isto significa que tenho alguns testes para fazer antes de conseguir chegar a alguma conclusão.

Saturday, June 21, 2008

Recipeblogging - Pudim flã da mamã

O título do post não tem qualquer significado escondido. É apenas o nome original da receita, que é do Chakall. É uma receita facílima, que saiu bem sempre que a experimentei. O pudim fica óptimo, sem ser demasiado doce ou pesado.




Ingredientes
7 ovos
7 colheres de sopa de açúcar
7 dl de leite
Sumo de limão (eu costumo usar meio)
1 colher de chá de extracto de baunilha (mal cheia)
100g de açúcar (p o caramelo)

Preparação
1. Juntar todos os ingredientes e bater durante 7 min.
2. Para o caramelo, colocar os 100g de açúcar num tacho com duas colheres de sopa de água e aquecer até ficar dourado.
3. Espalhar o caramelo pelo fundo da forma e deitar a mistura de pudim por cima.
4. Coze em forno pré-aquecido a 180ºC, durante 30 min em banho-maria.

Thursday, June 19, 2008

Apresentando a colecção Outono/ Inverno...

... ou "Charaaaaaaaaaaannnn! II"
Agora que já consigo fazer formas rectangulares com pontos simples, estou numa de fazer algo com uma forma diferente, com mangas e tudo. Espero que fique decente para que possa haver "Charaaaaaaaaaaaaaaaan! III".

Wednesday, June 18, 2008

Viva o open-source

Download Day 2008

O novo Firefox3 já saiu. Podem fazer download totalmente grátis aqui. Ide lá instalar os vossos, ide...

Tuesday, June 17, 2008

Monday, June 16, 2008

Catch 22

Ou há mais alguém por aí que acha isto é uma proposta absurda, ridícula, injusta, ultrajante, que preverte completamente o sentido de cumprir regularmente com o pagamento?

Ou por outro lado, dado que eles nos vão cobrar os incobráveis de qualquer modo, seja às claras, seja em tarifas, mais vale saber o que pagamos?

...

Talvez seja uma visão popular e simplista da complexidade da questão, mas acho que me inclino mais para a primeira opção, sobretudo depois de uma breve pesquisa sobre os salários dos administradores. Compreendo que a posição deles será de grande exigência e responsabilidade, uma responsabilidade que eu não gostaria de ter, mas há limites para tudo... Sugiro que a EDP corte nos salários dos seus administradores (e nem precisa de cortar muito) para absorver o custo destas dívidas em vez de nos cobrar a dívida a todos nós.

Sunday, June 15, 2008

Hoje é dia de festa



Há dez anos era assim. Espero que fiquemos para ver como será daqui a outros dez.

Saturday, June 14, 2008

Saturday, June 07, 2008

O que se encontra por essa Internet fora

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem "Despacha-te!". Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morreram mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, principalmente se não tiver televisão."

Este texto circula na Net como uma suposta redacção sobre as avós, escrita por uma anónima miúda de 8 anos.

Eu não sei se é ou não... Embora tenha noção de que levamos alguns anos a perceber que afinal as avós são mães dos nossos pais, parece-me que, aos 8 anos, isso já não é segredo. A frase final também é algo suspeita, pois não sei bem se uma miúda de 8 anos consegue conceber que alguém possa não ter televisão. Por isso, não estou inteiramente convencida sobre a suposta autoria deste texto. Pode ser apenas um daqueles mitos que anda por aí.

Ainda assim, seja quem for o autor/a, este texto faz-me sorrir. Faz-me lembrar a minha avó. Ela tinha óculos, fazia uns bolos óptimos, insistia sempre para comer mais um bocadinho, deixava-me ficar a parte do meio da torrada dela e, de facto, era uma pessoa grande com tempo.

Tenho muitas saudades dela.

Monday, June 02, 2008

World Press Photo 2008 e BES/Visão Fotojornalismo

Grande Prémio BES/Visão 2008, Augusto Brázio.


Quando era pequena, houve uma altura da vida em que eu queria ser jornalista, para grande preocupação do meu avô. Lembro-me que não queria aparecer na televisão, mas que a rádio ou os jornais me pareciam uma óptima opção. Lá mais para a adolescência, a fotografia era a minha opção de futuro. Acho que o meu interesse meio infantilóide por fotojornalismo pode vir daí. (Ou não...)

Venha ele donde vier, serve este post para dizer que as exposições World Press Photo2008 e 8º Prémio Fotojornalismo Visão/BES estão no museu da Electricidade em Lisboa, até ao próximo domingo, dia 8 de Junho. Significa isto que já não há muito tempo para ir até lá, mas se tiverem oportunidade, vão mesmo. Eu já fui, gostei e recomendo.

Para quem não está por estes lados, aqui e aqui ficam os links as galerias de premiados das duas exposições. Fica também o link para alguns retratos do Augusto Brázio, que ganhou o prémio BES/Visão, com a foto acima.

Nota 1: Esta actividade insere-se no programa Lisboa de Xanatas (ou Chanatas??); a entrada é gratuita.

Nota 2: Não vi qualquer informação sobre isto em lado nenhum, mas creio que as exposições devem ir a outros locais no país e que a World Press Photo também deverá andar aí pelo estrangeiro.

Sunday, June 01, 2008

The Last Knit, by Laura Neuvonen

Gosto desta animação.
É algo assustadora, o que a torna irresistível. Além do óbvio ar de loucura obstinada da tricotadeira, o que torna isto tão creepy está provavelmente relacionado com o som imparável das agulhas. Pelo menos para mim. Às vezes, no meio do meu tricot, a uma velocidade significativamente mais lenta, vem-me à cabeça o som destas agulhas e dá-me um arrepio...

Friday, May 30, 2008

Charannnnnnnnnnnnnn!

Eu tenho uma óptima capacidade de me desconcentrar. Perante uma tese, a capacidade de me desconcentrar aumenta exponencialmente e leva-me a procurar modos alternativos de ocupar os tempos livres. Daí que usando essa maravilhosa fonte de conhecimento útil e inútil que é a Net, decidi aprender a tricotar (aqui). E para começar, achei que o melhor era mesmo um rectângulo, que, quando acabado, seria transformado em cachecol-cilíndrico. Lá fui fazendo o meu tricot em passo de caracol, até que a Rakas me salvou quando me mostrou uma maneira muito mais rápida de fazer aquilo.
Lá acabei então o meu cachecol-cilíndrico (já está pronto há imenso tempo, mas houve um grande delay em tirar as fotos), que apresento agora ao mundo.



Wednesday, May 28, 2008

The Boy in the Moon

Eu não disse que ali só se encontram coisas boas? Esta é mais uma das óptimas sugestões de Alexandre Martins, no multimediazine.

The Boy in the Moon é uma video-foto-(texto) reportagem sobre Walker Brown, um miúdo de 11 anos que sofre de uma doença genética rara, chamada síndrome cardio-facio-cutânea (CFC). Haverá cerca de 300 pessoas em todo o mundo com a doença, pelo que não é muito estudada, mas em 2006 foi associada a mutações em 3 genes que codificam MAPK (Abstract aqui). Esta parte chamou-me a atenção devido a deformação profissional, mas não é de algum modo o mais importante desta história.

A parte importante é o relato que Ian Brown, jornalista, pai de Walker, faz da sua vida e da vida do Walker. Além de Ian, há participações de outros pais e outras crianças com CFC, bem como de Kate Rauen, que é a PI do grupo que identificou as tais mutações.

Ian fala de uma forma intimista, confessional e sem pudores, sobre aquilo que sente como pai de Walker. Fala do desgaste físico e psicológico de toda a família, da dificuldade que é criar uma criança como Walker, da frustração causada pela impossibilidade de comunicação verbal. Fala também da dificuldade que a vida de Walker parece ser para ele próprio e interroga-se sobre aquilo que vai dentro do filho, o que ele pensará, sentirá, que visão terá ele de si mesmo e dos outros. Fala da necessidade de contactar outras pessoas em situações semelhantes e conhecer as histórias deles. E é também notório nos outros pais a mesma preocupação pela vida difícil daquelas crianças, pelo futuro delas. Todos sentem uma culpa semelhante e todos precisam de respostas.

A história de Ian leva-nos também a reflectir sobre o nosso papel, o papel da sociedade na vida das pessoas com deficiência e das suas famílias. Hoje em dia, a medicina faz milagres em muitos aspectos e há muitos modos de salvar e prolongar vidas. Mas se está previsto que os hospitais façam tudo o que podem para salvar vidas (o que não está em causa, note-se), há uma enorme falta de apoio às vidas mais difíceis. E a não ser que sejamos afectados de perto por uma vida mais difícil, torna-se fácil olhar para o lado.

Por último, há que deixar bem claro que, apesar de todas as dificuldades e preocupações, também é visível que todos os pais da história de Ian, ele incluído, adoram os seus filhos, aceitam-nos, aprendem com eles, sentem-se profundamente tocados pela sua humanidade e procuram incansavelmente proporcionar-lhes uma vida feliz. Gostariam apenas que, por vezes, fosse tudo um pouco mais fácil.

Tuesday, May 27, 2008

J'attendrai le suivant, de Phillippe Orreindy

Esta curta foi do particular agrado de um dos meus "eus" interiores. Não posso dizer qual, mas creio que não terão dificuldades em identificá-lo.

Para ver aqui, mais um dos do Pangea Day.

Monday, May 26, 2008

Progresso

Disto, passámos para isto:






Segui a receita de Chewy Chocolate Chip Cookies de Alton Brown. Para facilitar a conversão de unidades, acabei por usar um copo medidor com fl oz.

Ingredientes:
8 fl oz manteiga
18 fl oz farinha
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de bicarbonato de soda
2 fl oz açúcar branco
10 fl oz açúcar louro
1 ovo
1 gema de ovo
2 colheres de sopa de leite
1 colher de chá de extracto de baunilha
16 fl oz de chocolate (min, 70% cacau) e avelãs partidos em pedaços pequenos (as avelãs não vinham na receita, mas fica bem fixe)

Preparação:
1. Ligar o forno a 190ºC.
2. Derreter a manteiga.
3. Misturar a manteiga derretida com o açúcar. Adicionar os ovos, o leite e o extracto de baunilha e misturar bem antes de juntar os ingredientes sólidos.
4. Adicionar a farinha, bicarbonato de soda e sal peneirados.
5. Adicionar o chocolate e as avelãs.
6. Arrefecer a massa no frigorífico pelo menos durante 30 min.
7. Cozer no forno pré-aquecido, num tabuleiro forrado com papel vegetal (distribuir pedaços pequenos de massa com bastante distância entre si, porque o diâmetro das bolachas aumenta).